Considerado pela polícia como uma pessoa de alta periculosidade pelos crimes que cometeu, o homem suspeito de atirar à queima roupa em dois motoristas de aplicativo e os enterrar lado a lado em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, segue foragido. Os assassinatos ocorreram ainda em janeiro deste ano, mas a prisão preventiva foi decretada quatro meses depois, em meio, com a localização dos corpos e o avanço das investigações.
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Procurado desde que a polícia chegou ao seu nome, Sebastião Reni Brizola Tatim, 56 anos, e as outras duas mulheres presas por envolvimento nos crimes, foram indiciados por triplo homicídio qualificado, já que uma das vítimas estava grávida. A divulgação do nome do suspeito e das imagens dele foram autorizadas pela Justiça.
À frente do caso, o delegado Vagner Papini informou que o ataque foi motivado por um desacordo financeiro entre os suspeitos e homem assassinado. A execução da gestante teria sido consequência, conforme apurado nas investigações, apenas porque ela estava junto com o cônjuge no momento da emboscada.
Com mais de 40 dias de buscas e diligências para localizar o homem que atirou contra as vítimas, a ampla divulgação das fotos do suspeito foram solicitadas por Papini:
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– Realizamos inúmeras diligências, inclusive com o apoio da Polícia Civil de outras regiões do Brasil, mas até o momento esse cidadão segue foragido. Solicito que, em sendo possível, divulguem de forma reiterada as imagens do suspeito, até a sua prisão. Trata-se de indivíduo de alta periculosidade, que segue livre para a prática de novos crimes.
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Desaparecimento e emboscada
O caso repercutiu no Estado depois que dois mototistas de aplicativo desapareceram ao realizar uma corrida em 20 de janeiro. Simone da Silva Filhao, 32 anos, e Evanir Pires do Santos Taborda, 34 anos, dividiam o mesmo carro à época dos crimes. Eles foram vítimas de uma emboscada. Ambos tinham um relacionamento amoroso e estavam à espera de um filho, recém gerado.

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos eram do mesmo círculo social das vítimas e cometeram os assassinatos devido a um desentendimento comercial. Duas mulheres envolvidas no crime foram presas preventivamente exatamente quatro meses após o desaparecimento do casal. O responsável por disparar os tiros, no entanto, não foi encontrado.
Conforme Papini, os três suspeitos estavam juntos no momento em que Evanir foi assassinado à queima roupa e colocado no porta-malas do carro. Simone teria presenciado o crime e foi levada para outro local, no interior da cidade, com a promessa de ser liberada. Em seguida, foi morta e enterrada ao lado do companheiro.
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Após o desaparecimento dos motoristas, os suspeitos levaram informações à polícia de que o casal sofria ameaças, com objetivo de ludibriar ou atrasar a investigação, segundo o delegado Vagner Papini.
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Localização dos corpos
Um chinelo encontrado em um matagal no distrito de Alto da Serra, interior de Chapecó, no Oeste de SC, confirmou à polícia a localização dos corpos dos dois motoristas de aplicativo que estavam desaparecidos há quatro meses. A investigação chegou até a área onde estavam os restos mortais após meses de diligências.
Ambos estavam enterrados em covas que tinham sido abertas lado a lado e foram localizados na manhã de quarta-feira (19), com ajuda de um cão farejador do Corpo de Bombeiros.
Assista ao vídeo
Corpos de motoristas de aplicativo desaparecidos há quatro meses são encontrados em Chapecó
Leia mais: https://t.co/UcpB6I1XgK pic.twitter.com/UxnDGsjAPW— Diário Catarinense (@dconline) May 19, 2021Continua depois da publicidade
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