A dor e a surpresa que tomaram os americanos de assalto à época do ataque à base militar de Fort Hood, em 2009, repetiram-se de forma assustadora na manhã de ontem.

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Em questão de minutos, a alta segurança do Washington Navy Yard, sede do Comando dos Sistemas Navais dos Estados Unidos, foi invadida e pelo menos 13

pessoas morreram em um tiroteio.

Às 8h20min (9h20min, horário de Brasília), a Marinha americana anunciou pelo Twitter que um “atirador ativo” havia invadido as dependências do Navy Yard e que três disparos haviam sido efetuados. Segundo a instituição, o atirador, identificado como Aaron Alexis, 34 anos, teria entrado no edifício com o crachá de um funcionário em licença e aberto fogo contra militares e civis de um átrio no Edifício 197 do complexo militar, onde trabalham cerca de 3 mil pessoas. Oito pessoas ficaram feridas, três por conta dos tiros.

O atirador, conforme informações do FBI, que assumiu a investigação, era reservista da marinha. Segundo a rede de TV americana CBS, Alexis era funcionário terceirizado da instituição, o que garantiu seu acesso à base, e portava três armas – um rifle de assalto, uma escopeta e uma pistola semiautomática. Dois outros suspeitos foram cogitados por testemunhas, no início da tarde, mas nenhum dos dois homens teve ligação comprovada com o crime.

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A polícia ainda desconhece a motivação de Alexis, embora tenha dito que não haja razões para crer em um ataque terrorista. O FBI pediu à população que ajude com informações sobre o atirador.

– Nenhuma informação é pequena demais – disse Valerie Parlave, do FBI, em entrevista coletiva.

– Estamos tentando saber o possível sobre os movimentos recentes dele (Alexis), seus contatos e associações.

Dias antes, o atirador, que era budista praticante, segundo a família, foi a um templo meditar e fazer trabalho voluntário. O suspeito estudava Ciências Aeronáuticas em um curso online à distância na Embry-Riddle Aeronautical University. Alexis tinha dois antecedentes de prisão: o primeiro por conduta suspeita e o segundo por uso ilegal de arma de fogo.

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Cidade para e polícia pede ajuda da população

O ataque paralisou a capital americana, com o Aeroporto Internacional Ronald Reagan sendo temporariamente fechado, assim como 10 escolas da região. Prédios públicos ao redor foram esvaziados e a proteção do Capitólio (a menos de cinco quilômetros do ataque), da Casa Branca (a dois quilômetros da base) e de outras sedes de governo foi reforçada. Por questões de segurança, o Senado encerrou suas atividades e o Congresso selou suas portas.