As famílias atingidas pelo rompimento de reservatório de água da Casan, em Florianópolis, vão receber até dois salários mínimos para o pagamento de despesas essenciais. O valor foi acordado entre a companhia e a associação de moradores do Monte Cristo após a comunidade negar a proposta inicial apresentada.
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De acordo com a Casan, os valores têm como objetivo o pagamento de despesas consideradas de maior necessidade como alimentação, transporte e medicamentos. Inicialmente a companhia repassaria o valor de um salário mínimo nacional de R$ 1.320. para uma família com até três integrantes e um salário mínimo regional na faixa 1 no valor de R$ 1.521 para núcleos com mais de três pessoas.
Vídeo chocante mostra momento em que reservatório se rompe
O valor, no entanto, foi contestado pelos moradores, que apresentaram uma contraproposta na terça-feira (26). Os novos repasses foram acatados pela companhia.
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— Acolhemos na íntegra a sugestão da comunidade por entender que é justa e adequada dentro dos parâmetros legais que temos recebido dos órgãos de controle — diz Edson Moritz Martins da Silva, presidente da Casan.
Os pagamentos, de cota única, vão ocorrer da seguinte forma:
- Para famílias de até 2 integrantes: 1 salário-mínimo regional (R$ 1.521,00);
- Para famílias de 3 e 4 integrantes: 1,5 salário-mínimo regional (R$ 2.281,50);
- Para famílias acima de 4 integrantes: 2 salários-mínimos regional (R$ 3.042,00).
Funcionários da Casan vão ligar às famílias nos próximos dias para informar sobre o pagamento. Aqueles que já receberam os primeiros valores oferecidos vão receber a diferença em pagamento posterior.
— A comunidade tem que comprovar parte desses gastos, para saber que o dinheiro foi gasto com despesa como alimentação e remédio. Continuamos cobrando atitudes da Casan com a comunidade — explica Fernando Azevedo, presidente da comissão de moradores.
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Relembre o rompimento no Monte Cristo
O bairro de Monte Cristo, em Florianópolis ainda se recupera do rompimento do reservatório de água da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), ocorrido na madrugada do dia 6 de setembro. A caixa que rompeu liberou 2 milhões de litros de água no bairro. Ao menos 150 famílias foram atingidas, segundo informações da Prefeitura de Florianópolis. Os moradores da região tiveram as casas, carros, e pertences destruídos pela água.
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*Com informações de Cristiano Gomes, da NSC TV