Dois atentados em duas distintas cidades paquistanesas causaram a morte de 11 pessoas nesta sexta-feira e deixaram dezenas de feridos. Um carro-bomba explodiu em frente à casa de um político local em Quetta, no sudoeste do país, matando pelo menos nove pessoas. Duas outras mortes ocorreram depois da explosão de um artefato no lado de fora de um mercado em Salarzai, um reduto do Taliban no noroeste do Paquistão.
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O policial Nazir Ahmed Kurd disse que a explosão do carro em um bairro rico em Quetta também deixou 21 feridos. Ainda não se sabe se dono da casa, o político Shafique Mengal, estava em sua residência quando o ataque ocorreu. Mengal é filho de Naseer Mengal, um proeminente político que atuou como ministro do petróleo durante a administração do ex-presidente Pervez Musharraf. A província do Baluchistão, onde Quetta está situada, viveu durante décadas explosões de violência devidas a uma revolta nacionalistas em busca de autonomia e de uma parcela maior da riqueza obtida com os recursos naturais da região.
No outro ataque, o alvo era aparentemente um líder tribal, membro de uma milícia que se opõe ao Taliban, de acordo com Tariq Khan, do governo local. O líder foi morto, bem como um espectador. Khan disse que três pessoas ficaram feridas na explosão, que ocorreu na cidade de Salarzai, na região tribal de Bajaur. O exército paquistanês realizou uma ofensiva em Bajaur, mas os atentados não cessaram. O governo vem incentivando moradores da região a criar grupos paramilitares para combater o Taliban, mas a maioria dos integrantes dessas milícias foram mortas pelos insurgentes.
Horror na Nigéria
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Outro ataque terrorista deixou quatro mortos na Nigéria. A explosão ocorreu junto a uma mesquita em Maiduguri, nordeste do país africano. As vítimas desse atentado, somadas a uma pessoa que morreu devido a ferimentos sofridos em uma explosão no Natal, em frente a uma igreja perto da capital nigeriana, elevou para 42 o número de mortos em atentados neste fim de ano no país.
Um funcionário que pediu para não ser identificado, por não ter permissão de falar com a imprensa, disse que a vítima morreu na noite de quinta-feira após a explosão no domingo na Igreja Católica de Santa Teresa, em Madalla, vila próxima à Capital. Uma seita radical muçulmana, a Boko Haram, que pretende impor a lei islâmica ao país mais populoso da África, assumiu a responsabilidade pelo atentado em Madalla, mas ninguém havia ainda se apresentado como autor do ataque de hoje.