Membros dos comitês de autodefesa frustraram um ataque suicida em Maiduguri, berço do grupo islamita Boko Haram no nordeste da Nigéria, matando duas jovens mulheres-bomba, informou a polícia neste domingo.
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“Duas mulheres suicidas de cerca de 18 anos tentaram entrar em Maiduguri à noite (de sábado). Elas foram vistas pelas JTF civis (milícias que combatem o Boko Haram) e mortas a tiros”, informou o porta-voz da polícia do estado de Borno, Victor Isuku, em um comunicado.
O Boko Haram utiliza regularmente suicidas, incluindo mulheres e crianças, como parte de sua insurgência lançada há oito anos no norte da Nigéria.
A Agência Nacional de Gestão de Emergências (Nema) afirmou que uma das mulheres mortas em Maidiguri estava grávida.
Milhares de mulheres e meninas foram raptadas desde o início da insurreição armada, de acordo com ONGs de defesa dos direitos humanos.
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O Boko Haram faz delas escravas sexuais ou bombas humanas, enquanto os rapazes e os homens são recrutados para as suas fileiras.
Em janeiro, uma mulher-bomba se explodiu no nordeste da Nigéria, com um bebê amarrado a suas costas.
Os islamitas foram expulsos pelo exército de vastos territórios que haviam tomado o controle, mas continuam a lançar ataques esporádicos e cometem ataques contra civis e alvos especialmente vulneráveis.
Desde 2009, a insurgência fez cerca de 20.000 mortos e mais de 2,6 milhões de deslocados.
* AFP