Nove soldados leais ao presidente no exílio Abd Rabbo Mansour Hadi foram mortos nesta sexta-feira por um ataque suicida com carro-bomba no sudeste do Iêmen, informou uma fonte militar, que acusou a Al-Qaeda.

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O suicida lançou seu carro-bomba contra um posto de controle do exército perto de Qoton, uma cidade na província de Hadramout, matando nove soldados, de acordo com a mesma fonte.

Segundo ela, os soldados pertenciam à primeira divisão militar cujo comando havia anunciado sua lealdade ao presidente Hadi, no exílio na Arábia Saudita sob a pressão dos rebeldes xiitas huthis que tomaram o controle de grande parte do Iêmen, incluindo a capital Sanaa.

A fonte atribuiu o ataque à Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), movimento estabelecido no sul e sudeste do Iêmen e cujos partidários controlam desde abril Moukalla, capital de Hadramaut.

Nesta cidade, membros da AQAP açoitaram em público oito pessoas condenadas a penas que variam de 80 a 100 chibatadas por consumo de álcool, drogas ou adultério, de acordo com uma autoridade local.

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As sessões de chibatadas foram organizadas em uma praça no centro de Moukalla, na presença de centenas de pessoas na saída da oração muçulmana de sexta-feira.

AQAP reconheceu em meados de junho que seu líder no Iêmen, Nasser al-Wahishi, foi morto em um ataque com drone americano no início do mesmo mês. Dois outros líderes da AQAP foram mortos em abril.

A rede extremista tem se aproveitado do enfraquecimento do poder central no Iêmen desde 2011, durante a revolta contra o ex-presidente Ali Abdullah Saleh, para fortalecer sua presença neste país.

* AFP