Ao menos 12 pessoas morreram neste sábado em um atentado suicida em Cabul, indicaram as autoridades afegãs, enquanto a Otan informou sobre três funcionários terceirizados civis mortos na explosão.

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O porta-voz do ministério afegão da Saúde, Wahidullah Mayar, afirmou que 12 pessoas, entre elas um estrangeiro, morreram e mais de 60 ficaram feridas. O balanço foi confirmado pelo diretor dos hospitais públicos afegãos, Sayed Kabir Amiri.

Por sua vez, a missão da Otan no Afeganistão, “Apoio Decidido”, declarou que três funcionários terceirizados civis morreram, sem informar sua nacionalidade ou se eles estão incluídos no balanço fornecido pelo ministério afegão da Saúde.

A explosão, que foi ouvida a vários quilômetros de distância, ocorreu às 16h00 locais, coincidindo com o momento de saída dos escritórios e empresas no bairro residencial de Macroyan, perto de um hospital, disse à AFP Fraidun Obaidi, chefe da polícia judicial de Cabul.

O ataque deixou um rastro de devastação, incluindo veículos incendiados dos quais corpos sem vida e ensanguentados eram retirados.

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O ataque ainda não foi reivindicado e estava “dirigido contra um comboio de veículos que transportava civis que trabalhavam na missão ‘Apoio Decidido'”, disse à AFP o coronel americano Brian Tribus, porta-voz desta missão da Otan.

“Um terceirizado civil do ‘Apoio Decidido’ morreu no atentado e outros dois sucumbiram aos ferimentos”, explicou, sem citar sua nacionalidade.

O grupo talibã negou estar por trás da explosão.

Seu porta-voz, Zabiullah Mujahid, disse que o grupo não foi o responsável pelo ataque, que levou a fortemente protegida embaixada dos Estados Unidos, localizada a alguns quilômetros do centro de Cabul, a ativar suas sirenes de emergência e a emitir um alerta.

Os insurgentes são conhecidos por se distanciar de ataques que provocam um grande número de vítimas civis.

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No Afeganistão ainda estão mobilizados 13.000 soldados da Otan e vários milhares de funcionários terceirizados civis no âmbito do “Apoio Decidido”, uma missão de assessoramento e treinamento das forças afegãs. Os dois grupos são os alvos preferidos dos rebeldes talibãs.

Com ataques como estes os insurgentes tentam demonstrar sua capacidade para desbaratar o aparato de segurança da capital afegã, apesar da crise gerada em sua liderança desde a nomeação do mulá Akhtar Mansour como seu novo chefe.

Mas os civis são as maiores vítimas no conflito afegão, que já dura quase 14 anos. Na primeira metade do ano, 1.592 civis morreram e 3.329 ficaram feridos em atos de violência, segundo a Unama, a missão da ONU no Afeganistão.

* AFP