Um atentado executado por um homem-bomba nesta segunda-feira em um dos maiores acampamentos militares da Somália deixou pelo menos três mortos, um dia depois de um ataque contra um comboio do comandante do exército somali.
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“O homem-bomba foi parado na entrada principal e detonou os explosivos. Três soldados morreram e vários ficaram feridos”, afirmou à AFP Abdukadir Farah, militar que testemunhou o ataque.
O tenente-coronel Mohamed Abdirahman afirmou mais cedo que o homem-bomba estava disfarçado de soldado para entrar no acampamento na zona sul da capital, Mogadíscio.
O grupo islamita Al-Shabab reivindicou o atentado e anunciou “dezenas de mortes”.
No domingo, em outro ataque reivindicado pelo Al-Shabab, um veículo repleto de explosivos avançou contra o comboio que escoltava Ahmed Mohamed Jimal, designado na quinta-feira passada comandante do exército somali pelo presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, que declarou recentemente guerra aos islamitas.
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O Al-Shabab, vinculado à Al-Qaeda, perdeu grande parte do território que controlava após a intervenção das tropas da União Africana em 2011, mas ainda comete atentados em Mogadíscio e nas zonas rurais.
Na última semana foram registrados vários ataques no país africano. Na quarta-feira, um carro-bomba deixou sete mortos em Mogadíscio, na quinta-feira a explosão de uma mina provocou 19 mortes e, na sexta-feira, um ataque com obus deixou três vítimas fatais.
O presidente da Somália anunciou na quinta-feira “estado de guerra no país” e deu prazo de 60 dias aos combatentes do Al-Shabab para a rendição. Em caso contrário, afirmou, deverão “assumir as consequências”.
* AFP