O Hospital Municipal São José é referência regional no tratamento de pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) devido à agilidade e eficiência nos diagnósticos e tratamento. Diariamente, cerca de 30 a 50 pacientes, em média, dão entrada no hospital com suspeita de AVC.
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Essa resposta ágil fez a diferença para a paciente Maria Ester do Rosário, de 61 anos, que teve um AVC no fim de julho e se recuperou sem ter sequelas devido à rápida detecção do problema e tratamento do derrame. Segundo ela, que é zeladora no hospital há 24 anos, ela sentiu a boca inchada e procurou o pronto-atendimento da unidade em busca de um remédio para alergia. Foi então que um colega de trabalho percebeu que na verdade ela estava tendo um AVC Isquêmico.
— Esse sintoma já senti muitas vezes, então eu levei um susto porque pensava que era uma crise alérgica, mas quando o enfermeiro da classificação olhou para mim, imediatamente me levou para a emergência e chamou o médico. Foi muito rápido e agradeço à equipe que me atendeu, não só eu, mas por todos os que chegam lá. O trabalho foi tão eficiente e sou tão bem tratada que nem pensei em ir embora — comenta entre risadas, dona Maria, dias depois de ter a vida salva.
A taxa de sucesso dos tratamentos de AVC é considerada alta em Joinville. Novos tratamentos têm uma eficácia maior, o paciente consegue uma reabilitação rápida e é capaz de retomar a vida produtiva plenamente.
— Às vezes nós pegamos o paciente totalmente plégico, afásico e, após o início da trombólise química, ou após a trombectomia, este paciente vai acordando, vai falando, vai se movimentando, e isso para a equipe é recompensador, enquanto para o paciente é um recomeço — destaca a enfermeira Greice Flores Torbes Lenke, que coordena a Unidade de AVC do Hospital Municipal São José.
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Atenção ao AVC
Em outubro comemora-se o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil
O QUE É?
– O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é responsável por grande parte das mortes, incapacitações e internações no mundo, e acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O AVC Isquêmico representa cerca de 85% de todos os casos, e o AVC hemorrágico, 15%.
CAUSAS
– O AVC hemorrágico é provocado, em especial, pela pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma. Há ainda fatores envolvidos como hemofilia ou distúrbios de coagulação do sangue; ferimentos na cabeça ou pescoço; tratamento radioativo para câncer no pescoço ou cérebro; arritmias, infarto ou doenças cardíacas; e vasculite. O AVC isquêmico reúne causas distintas, como êmbolos nos vasos sanguíneos, distúrbios de coagulação no sangue ou causa desconhecida.
SINTOMAS
– Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo; confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão; alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
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DIAGNÓSTICO
– A confirmação é obtida por meio de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética encefálica. No entanto, os procedimentos de emergência são iniciados tão logo o paciente dá entrada na unidade hospitalar com os sinais da doença.
TRATAMENTO
– É realizado em unidades de saúde especializadas, que disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico. A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar, inclusive, com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso, incluindo a trombectomia.
PREVENÇÃO
– Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e alguns deles não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Controlar outros fatores de risco, entretanto, dependem apenas da pessoa, como evitar o tabagismo, o álcool e o uso de drogas ilícitas. São medidas importantes também a manutenção da alimentação e do peso saudável, consumir bastante água, praticar exercícios físicos regulares e manter a glicose e a pressão sob controle.