Com o cartão da conta bancária vencido, a advogada Cristiane Doubovetz foi uma das primeiras a chegar na agência do Banco do Brasil, no Centro de Joinville, na manhã desta sexta-feira.
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Ela foi recebida por um grupo de grevistas do lado de fora da agência e informada sobre o movimento.
A greve foi deflagrada na terça-feira, dia 6, em todo país, mas os reflexos em Joinville foram sentidos nesta sexta.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Joinville e Região, Valdemar da Luz Filho, mais de 70% das 63 agências bancárias públicas e particulares de Joinville foram afetadas pelo movimento. A paralisação é por tempo indeterminado.
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– O meu cartão tinha vencido e fui buscar um novo. Mas até que resolveu bem rápido. A informação que me passaram do lado de fora é de que não sabiam se a agência ia abrir, mas as mesas estavam funcionando e deu tudo certo – disse a advogada.
Bancários de praticamente todas as cidades do Norte do Estado aderiram à greve nesta sexta-feira, principalmente em Garuva, Itapoá, São Francisco do Sul, Araquari, Balneário de Barra do Sul e Barra Velha.
A previsão é de que uma nova rodada de negociações da categoria aconteça no começo da semana que vem, em Brasília. A categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6,5% de reajuste sobre os salários, a
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil.
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Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação de 9,57% e representa perdas de 2,8% para o bolso.
Eles reinvindicam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras questões, como melhores condições de trabalho.
Atendimento
Como cada agência tem um número diferente de funcionários em greve, alguns bancos de Joinville estão conseguindo manter o atendimento, mesmo com poucos atendentes. A orientação para os clientes é de que só procurem a agência se for absolutamente necessário.
Em nota, a Febraban lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
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Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados) é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.