Em assembleia nesta segunda-feira à tarde os cerca de 850 servidores públicos, que aderiram ao movimento em frente à prefeitura, votaram pela volta ao trabalho e descartaram que a categoria possa suspender os serviços novamente este ano.
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De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), Sueli Adriano, a prefeitura apresentou aos líderes sindicais minutos antes da assembleia, por volta das 16h, um documento que reafirmou a posição do poder público com relação as reivindicações dos profissionais.
– Falaram que não vão conseguir atender ao pleito este ano, mas que no começo do ano que vem as negociações serão retomadas – explicou.
Em vista disto, ainda segundo Sueli, toda a classe concordou em fazer uma nova paralisação no primeiro dia do ano letivo de 2016. O dia ainda não foi confirmado, mas se sabe que será em fevereiro.
– Se não a gente não avançar nas conversas, poderemos nem começar o ano letivo – adianta.
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Três itens compõem a pauta
A paralisação desta segunda-feira, que segundo o sindicato era para reivindicar o que havia sido acordado na greve do ano passado, suspendeu o atendimento em duas das 50 escolas municipais _ outras duas atenderam os alunos parcialmente.
Nos centros de educação infantil, 12 amanheceram fechados, 14 atenderam parcialmente e os outros 52 abriram normalmente. Na saúde, das 66 unidades de estratégia saúde da família, seis não prestaram atendimento à comunidade.
Sueli explica que entre os itens reivindicados estão o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), o cronograma do pagamento integral da hora-atividade para o magistério e do percentual referente à Avaliação de Desempenho dos trabalhadores públicos.
Ela ressalta que o plano chegou a ser aprovado e que as negociações estavam firmes até agosto deste ano, mas que, em outubro, o sindicato foi informado que a prefeitura não conseguiria cumprir com o acordado:
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– Eles justificam que é por causa da crise, mas em agosto também tinha crise e estava tudo bem. Agora tudo mudou – critica a sindicalista.
A prefeitura, através da assessoria de imprensa, confirmou que o documento informando sobre a impossibilidade de seguir com as negociações neste momento foi entregue ao sindicado. Apesar disto, a prefeitura garante que a Avaliação de Desempenho é paga.
Ainda segundo a assessoria o não atendimento dos outros dois itens da pauta seria motivado por conta do impacto financeiro que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e o cronograma do pagamento integral da hora-atividade causariam no orçamento.