Faltando dois meses para a Olimpíada de Atenas, os organizadores informaram nesta terça, dia 1º, que apenas um terço dos 5,3 milhões de ingressos para o evento foram vendidos.

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O número abaixo do esperado, mostrando que a expectativa de uma explosão turística não deve se materializar, aumentou a força do questionamento de dois ministros sobre a prudência de realizar os Jogos Olímpicos mais uma vez no local de seu nascimento.

Após as duas rodadas de vendas que terminaram em abril, os organizadores venderam cerca de 1,8 milhão de ingressos do total de 5,3 milhões para os Jogos.

Em contraste, os números de Sydney, local da Olimpíada de 2000, mostram que mais da metade dos ingressos haviam sido vendidos nesse mesmo estágio.

A fraca venda de ingressos para Atenas mostra como as preocupações de segurança depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e a ausência de importantes equipes em diferentes modalidades afetaram o evento.

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A seleção brasileira de futebol não se classificou para os Jogos de Atenas, assim como a equipe norte-americana de beisebol.

– Os Jogos estão nos custando mais do que esperávamos porque algumas questões foram deixadas para o último minuto – disse o ministro da Fazenda da Grécia, George Alogoskoufis, no domingo. – Também, muito importante, perdemos a chance de usar os Jogos no exterior de uma maneira positiva nesses anos – completou.

A distribuição dos ingressos para Atenas determinou que 2,3 milhões ficariam com os patrocinadores e com organizações como os comitês olímpicos nacionais, que venderam os ingressos em seus países.

Quando o programa de venda de ingressos foi anunciado, os organizadores estavam confiantes em superar os números de Sydney, já que o preço médio era de 35 euros, enquanto em Sydney foi de 53 euros.

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As informações são da agência Reuters.