Parece que Renato Russo estava errado e o sol não vai voltar amanhã. Aliás, não há indicativo de que ele apareça e predomine em toda Santa Catarina tão logo. O Estado está na terceira semana chuvosa e a previsão dos meteorologistas da Epagri/Ciram é de que fique assim até a metade da próxima semana, o que mantém a temperatura mais baixa. Condições mais favoráveis a aberturas de sol lá no dia 22 de outubro.
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Nesta terça-feira (12), o astro rei só dá o ar da graça na região Oeste, conta o meteorologista Marcelo Martins. No restante do Estado o céu se mantém encoberto e com chuva. O “melhor” dia da semana do Planalto ao Litoral deve ser na quarta-feira (13), mas isso não significa que as nuvens vão deixar Santa Catarina e o sol vai brilhar absoluto.
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Inclusive é essa cobertura de nuvens que mantém as temperaturas mais amenas, até com uma sensação de friozinho.
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— Se está úmido, normalmente associado ao vento, dá a sensação de frio. Faz com a temperatura não passe de 22°C ou 23°C, o que tem acontecido nos últimos dias. As mínimas têm sido de 16°C, 17°C e 18°C e as máximas têm ficado em 20°C e 21°C. Então praticamente do jeito que começa o dia, que é a hora mais fria, até a tarde, que era mais quente, é praticamente a mesma coisa. Então acaba sentindo uma sensação realmente de frio — explica Martins.
Mas se por um lado tem quem não aguenta mais a chuva, a umidade e ficar preso dentro de casa, por outro é preciso entender a importância da água que está vindo do céu. Segundo o meteorologista, a chuva está ocorrendo de forma gradativa e bem distribuída no Estado. Isso ameniza os efeitos da estiagem.
Volumes de chuva
Dados da Epagri/Ciram apontam a maior concentração de chuva das últimas 24h na Grande Florianópolis. Na região Sul da Ilha foram 47 milímetros das 7h de segunda até as 7h desta terça. Porém, no mesmo período, foram 27 mm na área Norte. No Centro de São José caíram 72 mm, enquanto em Santo Amaro da Imperatriz esse número chegou a 109 mm.
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Na cidade de Joinville, no Norte de SC, a Epagri/Ciram registrou 53 milímetros de chuva nas últimas 24h. Já no Vale do Itajaí esse indicador ficou na casa dos 10 mm. Mas afinal, por que chove mais em um lugar do que em outro? O meteorologista Marcelo Martins explica:
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— É em função da urografia da região. Porque existe uma cadeia de montanhas grande próximo à Ilha, assim como perto de Joinville. E tem a lestada [vento leste que traz umidade do oceano para o continente] que influencia muito a gente entre a Grande Florianópolis e o Litoral Norte. Se ela chega com força alcança o Vale do Itajaí, o que não aconteceu desta vez. Então onde eu mais tenho montanhas, morros, mais essa influência é grande.
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Na prática, basta imaginar que você tem um ventilador na sala e direciona o vento contra a parede, que seria as montanhas. Esse vento retorna para um determinado local dentro da sala. Então é nesse local que vai formar as nuvens e quanto mais “alimenta” com vento, mais forma nuvens e consequentemente fica tão pesada que começa a se precipitar. Por isso chove muito numa determinada região e em outras nem tanto.
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