Por sete rodadas o torcedor do Avaí fazia as contas “Marquinhos volta na oitava”. E essa expectativa tinha motivo. Sem um meio de campo eficiente, o Avaí penou na primeira fase do Catarinense. Renan Oliveira segurava a camisa 10, mas não criava. E foi justamente diante do Figueirense, no clássico 406, que o ídolo azurra voltou. E que volta.
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Fazendo o que o torcedor esperava dele e com sensação de “estava engasgado”, Marquinhos empatou a partida na Ressacada. A jogada era velha conhecida: a cinco passos da grande área, uma bomba que explodiu na barreira e voltou nos pés do meia. De perna direita, de primeira, no fundo da rede.
A experiência era visível e a melhora e relação ao ex-camisa 10 maior ainda. Mas a falta de ritmo também era clara. Sem velocidade e mais andando que correndo, M10 penou para ficar os 90 minutos em campo. E não conseguiu. Aos 39 do segundo tempo foi substituído só para ser ovacionado pela torcida avaiana.
No primeiro tempo, apenas dois passes que realmente levaram perigo para o gol de Alex saíram dos pés do camisa 10 – uma abertura pela direita e uma linda tabela com André Lima. No segundo tempo, Marquinhos criou mais e chegou até a brigar com França por 50 metros. M10 pouco voltou para o campo de defesa e depois da saída de Tinga trouxe para si a responsabilidade de rolar a bola no meio de campo. Mas era claro a confiança dos jogadores em sua bola parada. Foram sete escanteios e dez cobranças de falta do capitão.
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As sete rodadas longe da torcida também deixaram Marquinhos mais maduro. Aquele jeito esquentado, que facilmente se metia em confusão dentro de campo não pertencia mais ao camisa 10. Nas quatro faltas que sofreu, nada de empurrões ou encaradas. Apenas uma mão baixa pedindo calma, uma palma discreta para as jogadas de perigo do Leão. Um Marquinhos menos torcedor e mais capitão voltou para ajudar o Avaí na disputa do Quadrangular.
Porém, ao fim da partida, ele não deixou de dar uma provocada no adversário:
– Até hoje não sei quem é o ídolo deles – disse com ironia ao sair do campo.