Treze pessoas morreram nesta terça-feira em vários ataques no Iraque, onde um oleoduto que liga o país à Turquia foi sabotado e, segundo fontes oficiais, provocou a interrupção das exportações de petróleo.
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O governo iraquiano tenta, sem sucesso, conter os violentos ataques com uma ampla operação contra grupos armados. De acordo com Bagdá, a operação já resultou em dezenas de prisões e 56 insurgentes foram capturados num campo de treinamento da Al-Qaeda.
O ataque mais violento ocorreu ao sul de Bagdá, quando um carro-bomba explodiu depois da oração do meio-dia na huseiniya (local de culto xiita) de Al-Zahra. Quatro pessoas morreram e 14 ficaram feridas.
Ao norte de Bagdá, um soldado, um combatente anti-Qaeda e dois civis morreram em atentados com explosivos na província de Sallahedin.
Na região norte do país, na província de Kirkuk, um carro-bomba matou três policiais.
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Também na região norte, na província de Nínive, um ex-soldado e um civil morreram em tiroteios. Ainda em Nínive, um oleoduto que liga o Iraque à Turquia foi alvo de um ataque a bomba, informou um funcionário da North Oil Company, empresa petroleira estatal responsável pela exploração de hidrocarbonetos no norte do país.
A produção de petróleo continua, mas a exportação está parada. Os danos devem ser reparados em três dias.
O oleoduto tem 970 km de extensão e liga Kirkuk ao porto turco de Ceyhan, no Mediterrâneo. De acordo com um representante do setor petroleiro, o local foi alvo de mais de 30 ataques só este ano.
O Iraque é o segundo maior produtor de petróleo no Oriente Médio, e mais de 90% de sua renda vem da exportação da matéria-prima.
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Na segunda-feira, vários atentados deixaram 28 mortos no país.
A nova onda de violência eleva para 3.421 o número de mortos em ataques no Iraque desde o início do ano, segundo um registro da AFP, o que representa a média de 15 mortes por dia.