Cinco criminosos e dois civis, um deles um cidadão holandês, morreram nesta quinta-feira em explosões e tiroteios no centro de Jacarta, atos considerados “terroristas” pelo governo da Indonésia.

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“Cinco terroristas morreram”, afirmou o ministro da Segurança, Luhut Panjaitan, à imprensa no local dos ataques.

O ministro informou ainda que um cidadão holandês e um indonésio foram mortos nos ataques.

O porta-voz da polícia de Jacarta, Muhammad Iqbal, anunciou que cinco policiais, um civil estrangeiro e quatro indonésios ficaram feridos.

O presidente do país, Joko Widodo, chamou de “atos terroristas” os ataques, que tiveram como alvo sobretudo um café Starbucks próximo a várias agências da ONU e embaixadas.

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A rede internacional Starbucks anunciou o fechamento “até nova ordem” de todos os cafés em Jacarta.

“Esta unidade e todos os outros Starbucks de Jacarta permanecerão fechados, por precaução, até novo aviso. Acompanhamos de perto a situação”, anunciou o grupo em um comunicado divulgado em sua sede em Seattle, Estados Unidos.

A polícia anunciou recentemente que desbaratou um atentado suicida planejado para a noite de Ano Novo em Jacarta por supostos extremistas, alguns deles vinculados ao grupo Estado Islâmico (EI).

Mais cedo, a polícia havia anunciado um balanço de quatro mortos.

A ação começou pouco depois das 10H30 (1H30 de Brasília), afirmou Ruli Koestaman, de 32 anos, que estava perto do local.

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“Escutei uma forte explosão, como um terremoto, e todos seguimos para a rua”, disse à AFP.

“Vimos que o Starbucks do lado havia sido destruído. Vi um estrangeiro, um ocidental, com a mão mutilada, mas vivo”, completou.

“Uma dos funcionários do Starbucks saiu correndo. Ele sangrava pelas orelhas”.

“Todos se reuniram e um terrorista chegou e começou a atirar na nossa direção e contra o Starbucks”, disse Koestaman.

Ele citou uma troca de tiros com a polícia e novas explosões.

O presidente indonésio pediu aos compatriotas que não se deixem vencer pelo medo.

“Não seremos vencidos por estes atos terroristas”, declarou Widodo ao canal Metro TV.

Testemunhas citaram pelo menos seis explosões, incluindo uma que atingiu uma delegacia de polícia em uma rua muito movimentada.

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A polícia indonésia estava em alerta máximo durante as festas de Ano Novo, após o anúncio do plano de atentado suicida em Jacarta.

Em dezembro, a polícia prendeu cinco pessoas suspeitas de integrar uma rede próxima ao Estado Islâmico e outras quatro vinculadas ao grupo extremista Jemaah Islamiyah, responsável por vários atentados na Indonésia.

As forças de segurança apreenderam material para a fabricação de explosivos e uma bandeira inspirada no EI.

* AFP