Pelo menos quatro civis morreram nesta segunda-feira no sul de Israel e sete palestinos, na Faixa de Gaza, onde a violência voltou a se intensificar após uma breve esperança de trégua.

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Dos sete palestinos, cinco eram mulheres e uma, criança. Eles morreram manhã desta segunda em um bombardeio israelense contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informou Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência do território.

Na segunda-feira, cinco palestinos morreram em um bombardeio israelense contra Khan Yunis, também no sul, segundo o porta-voz.

Por volta das 19h15min (13h15min de Brasília), Israel conclamou a população civil a abandonar certas zonas da cidade “imediatamente”, antecipando os ataques.

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De acordo com a imprensa israelense, pouco antes das 12h, no horário de Brasília, quatro pessoas morreram no Kibbutz Be’eri, próximo à Faixa de Gaza, atingidas por um morteiro disparado a partir do território palestino.

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Outras oito pessoas ficaram feridas após este, que é o golpe mais duro a atingir a população civil em Israel desde o início da operação “Barreira Protetora”, lançada no dia 8 de julho contra o movimento fundamentalista palestino Hamas.

De acordo com fontes médicas palestinas, as vítimas foram atingidas por ataques aéreos israelenses. O exército de Israel considera que elas foram mortas por foguetes que erraram o alvo. Essa é a mesma explicação dada por Israel para uma explosão que aconteceu no hospital Shifa, o maior do enclave palestino, sem deixar vítimas.

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Em outro episódio de violência, uma criança de quatro anos morreu quando sua casa em Jabaliya, no norte da Palestina, foi atingida por um disparo de tanque, de acordo com as equipes de socorro. Um outro palestino morreu nesse ataque.

Desde o início do conflito, segundo um registro dos serviços de socorro locais, cerca de 1.050 palestinos morreram. Por volta de 75% dessas vítimas são civis e um a cada cinco é criança, de acordo com a ONU.

Israel perdeu 43 soldados, o registro mais pesado desde a guerra contra o Hezbollah libanês, em 2006. Pelo menos sete civis morreram, atingidos por foguetes e morteiros.

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Primeiro-ministro israelense fala em “longa campanha”

Israel deve estar preparado para uma “longa campanha” na Faixa de Gaza, disse nesta segunda-feira o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um discurso televisionado após mais um dia sangrento no território palestino e no sul de Israel.

– Devemos estar prontos para uma longa campanha até que a nossa missão seja cumprida. Nós só iremos terminar esta operação com a neutralização total dos túneis – afirmou o chefe de Estado sobre os túneis ao utilizados pelo grupo radical palestino Hamas para atacar Israel.

* AFP