O Oeste de Santa Catarina está em período de colheita de grãos. Mas em vez de comemorar, muitos agricultores estão apreensivos. Áreas rurais estão sendo atacadas frequentemente por javalis, que chegam a destruir, numa noite, cerca de 20% da plantação, segundo informações da Polícia Militar Ambiental. Os principais municípios afetados são: Ponte Serrada, Passos Maia, Água Doce, Vargeão, Faxinal dos Guedes, Irani e Vargem Bonita.
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O plantio de milho é o que mais recebe a visita dos animais exóticos. Há estimativa de que entre 2 mil e 3 mil javalis estejam saindo da mata.
O policial militar ambiental Luiz Carlos Chaves, de Ponte Serrada, destaca que faz tempo que acontecem os ataques.
-Ano passado inteiro teve este problema-, comenta.
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Mesmo sendo comum, ele não tem registro dos ataques nos últimos meses.
Já o policial militar ambiental Vilmar Silveira, de Chapecó, alerta que estes meses são os mais propícios para a destruição causada pelos javalis, já que está em período de colheita. Quando um bando faz o ataque, é capaz de destruir até 20% de uma produção apenas em uma noite.
-Fazem estrago por onde passam, constata.
O Sindicato Rural de Ponte Serrada está em alerta por causa disto. A estimativa é de que haja entre 2 mil e 3 mil animais, vindos na maior parte do Parque Nacional das Araucárias, no mesmo município do sindicato.
Para minimizar o problema no ano passado, foi liberado o abate do animal, que se reproduz rapidamente. Mas os produtores, conforme o sindicato, prefere não abater porque a tarefa precisa de muitos requisitos, para estar dentro da lei, e é perigosa.
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O supervisor de área florestal da Adami Madeireira de Ponte Serrada, Adilson José Alves Correia, vê a cada dia novos ataques e já considera comum a presença de javalis nas plantações de pinus. Os animais destroem as mudas em busca de alimento. Em bandos, são capazes de acabar com um hectare inteiro em pouco tempo. Normalmente, os ataques acontecem à noite.
A empresa não pensa numa forma de se defender, já que a única opção seria cercar terreno. Mas como a área é muito grande, com mais de 21 mil hectares, o jeito é contabilizar os prejuízo.