Vinte e nove palestinos morreram na madrugada deste sábado em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em ataques aéreos israelenses, aumentando para 101 o número de óbitos após o desaparecimento de um soldado do Exército hebreu nesta região, segundo os serviços locais de emergência.

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Durante a noite, a aviação de Israel lançou quatro ataques contra Rafah, onde o militar israelense foi capturado . Entre os 29 mortos, quinze são membros de uma mesma família, incluindo cinco crianças – com entre 3 e 12 anos – que tiveram sua casa destruída, revelou o porta-voz dos serviços de emergência Achraf al-Qudra.

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Antes dos ataques, os corpos de cinco palestinos foram encontrados entre os escombros de casas e outros dois morreram em Rafah atingidos por disparos de tanques, revelou Qudra. Outros três palestinos morreram durante a madrugada atingidos por disparos de tanques em Khan Yunis, também no sul da Faixa de Gaza, disse Al-Qudra.

Militar Israelense desaparecido

Os ataques ocorreram após o desaparecimento do subtenente Hadar Goldin, 23 anos, na zona de Rafah, provavelmente capturado por militantes palestinos. Na mesma ação, dois soldados israelenses foram mortos.

O braço militar do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, afirmaram neste sábado que “não têm informações sobre esse militar”.

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– Perdemos contato com um de nossos grupos de combatentes que luta no setor onde desapareceu o soldado e é possível que nossos combatentes, assim como esse soldado, tenham sido mortos – declarou o grupo.

As Brigadas Ezzedine al-Qassam informaram ainda que o confronto no setor de Rafah ocorreu às 7h local de sexta-feira, uma hora antes da entrada em vigor da trégua humanitária.

Segundo o Exército israelense, soldados envolvidos na destruição de um túnel do Hamas na região de Rafah foram atacados por “terroristas” por volta das 9h30min, após o início da trégua humanitária.

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A captura do subtenente Goldin deixa ainda mais distante a possibilidade de uma trégua.

Até o momento, a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, iniciada no dia 8 de junho, matou quase 1,6 mil palestinos, a maioria civis.

*AFP