Ao menos 119 pessoas morreram nos ataques de terça-feira pela coalizão árabe contra um mercado no Iêmen, país que vive uma guerra entre o governo e rebeldes – de acordo com um novo balanço fornecido nesta quinta por uma agência da ONU.

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Os ataques aéreos contra o mercado de Khamis, na região de Mastaba, na província de Hajja, fizeram “ao menos 166 vítimas: 119 mortos e 47 feridos”, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em um comunicado.

O balanço anterior falava em 41 mortos.

Trata-se de um dos balanços mais letais desde o início, há um ano, da intervenção de uma coalizão de países árabes sob liderança saudita para ajudar o governo iemenita a retomar os territórios conquistados em 2014 pelos rebeldes xiitas huthis.

“Lamentamos energicamente o ataque letal em Khamis”, declarou a representante do Unicef no Iêmen Meritxell Relano, citada em um comunicado.

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Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o ataque e voltou a pedir a todos os beligerantes que “respeitem suas obrigações internacionais”, incluindo os princípios de “precaução e proporcionalidade”.

Nesta quinta, o governo americano saudou a promessa de desacelerar a guerra aérea liderada pela Arábia Saudita no Iêmen.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, referia-se à declaração do porta-voz da coalizão árabe, general Ahmed Al-Assiri, segundo a qual a campanha aérea que já dura um ano no Iêmen se aproxima “do fim da principal fase de combate”.

Segundo a ONG Handicap International (HI), cerca de 6.200 pessoas morreram desde o início do conflito, sendo metade delas civil.

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