Nitidamente, o técnico Cuca pretendia usar o jogo desta quarta-feira contra o Fortaleza, na partida de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, como um teste do setor ofensivo para a decisão do Campeonato Carioca contra o Botafogo, no domingo.
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E o treinador não deve ter gostado da atuação dos atacantes Obina, Josiel, Zé Roberto e Emerson, que mostraram um futebol pouco inspirado. Assim, o Flamengo não passou de um empate em 0 a 0 com os cearenses, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Agora terá de buscar uma vitória ou um empate com gols nos domínios do adversário, na próxima semana.
– Não estivemos bem. Criamos as oportunidades e não aproveitamos. A torcida tem todo o direito de protestar. Agora é concentração total no Botafogo. Precisamos melhorar – disse Emerson.
Mais uma vez, um problema crônico do Flamengo ficou evidente no primeiro tempo. O time retém a posse de bola durante grande parte do tempo, mas pouco produz quanto tem a posse. Foram apenas cinco finalizações a gol durante os 45 minutos iniciais. A primeira delas surgiu aos 15. Depois de cobrança de escanteio, Willians dividiu com o zagueiro e chutou fraco, para defesa de Douglas com os pés.
Depois disso, demorou mais de 20 minutos para o time da Gávea assustar de novo. Com muita dificuldades em vencer a forte marcação cearense, os cariocas tentavam alçar bolas na área, mas sem precisão. Obina teve a chance do primeiro gol, ao tocar por cima do goleiro, mas a zaga afastou, aos 38 minutos. A melhor oportunidade surgiria três minutos depois. Leonardo Moura ajeitou de cabeça e Ibson acertou o poste direito de Douglas. No rebote, Juan desperdiçou grande chance.
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O panorama foi exatamente o mesmo na segunda etapa. O volume de jogo do Flamengo era muito superior, mas as chances eram escassas. Quando surgiam, eram desperdiçadas pelos atacantes. Aos seis minutos foi a vez de Emerson desperdiçar livre, na frente do gol. Aos 17, Obina perdeu grande chance, dentro da pequena área.
A incapacidade dos homens de frente do Flamengo em finalizar irritou a torcida, que respondeu a cada chance perdida com duras vaias. Leonardo Moura, aos 41, e Zé Roberto, aos 47, desperdiçaram as duas últimas oportunidades.