Duas recenseadoras do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sofreram agressões enquanto realizavam o Censo 2022 em cidades do Norte de Santa Catarina. Uma delas teve o carro atacado, enquanto outra sofreu ataque de um cachorro solto pelo morador.

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Os casos foram destacados pelo coordenador de área do IBGE, Rodrigo Hideki Ribeiro, durante visita a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul. Ele pediu apoio aos parlamentares em busca da sensibilização da população para a importância do Censo.

Apesar da maioria da população receber os recenseadores dentro da normalidade, os profissionais têm enfrentado resistência em todo o país. Em Jaraguá do Sul, na semana passada, uma recenseadora parou o carro na rua, no bairro Barra do Rio Cerro, para aplicar os questionários nas casas da região.

Segundo Ribeiro, um homem que passava pelo local identificou o carro da recenseadora e começou a gritar com a profissional. Em seguida, pegou uma faca e rasgou o pneu do veículo, além de quebrar as lanternas do automóvel.

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— A dificuldade da população aceitar tem sido grande e acabam tratando mal, xingando o recenseador. Essa questão da agressão que aconteceu foi um caso emblemático que chocou todo mundo — conta Ribeiro.

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Outro caso aconteceu em Rio Negrinho, no Planalto Norte de SC, onde houve um ataque de cachorro. O proprietário da residência soltou o animal quando viu a recenseadora e o animal rasgou a roupa da profissional. De acordo com Ribeiro, ela ficou assustada e um pouco machucada.

Em casos de agressão, o IBGE registra o boletim de ocorrência na delegacia para que a Polícia Civil realize a investigação e, eventualmente, responsabilize as pessoas pelos crimes cometidos.

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Recusas dificultam trabalho

As recusas no atendimento dos recenseadores do IBGE têm atrapalhado o levantamento censitário, já que os profissionais precisam voltar ao mesmo domicílio mais de uma vez para tentar aplicar os questionários.

Segundo o coordenador de área do IBGE em Jaraguá do Sul, em caso de não conseguir realizar o Censo, a instrução é que o recenseador retorne até quatro vezes ao mesmo local para tentar fazer as perguntas ao morador.

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O recenseador ainda pode deixar uma carta em que reforça a importância da participação no Censo ou também dá a possibilidade do morador responder ao questionários pela internet. Por fim, o supervisor do IBGE ainda pode ir ao domicílio para tentar realizar a entrevista.

— A mensagem para a população é de que atenda bem o recenseador e entenda que o Censo não serve só para contar a população. Estamos fazendo um trabalho que baliza todo o planejamento do município — apela Ribeiro.

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Vídeo explica como funciona o Censo 2022:

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