Dois policiais morreram nesta sexta-feira em um ataque reivindicado por um movimento separatista contra o consulado da China em Karachi, a maior cidade do Paquistão.
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“Um grupo de até quatro homens tentou entrar no consulado chinês. Foram interceptados em um primeiro posto de controle por nossos guardas”, afirmou à AFP Javaid Alam Odho, oficial da polícia paquistanesa.
“Um tiroteio com os criminosos terminou com dois policiais mortos e um terceiro gravemente ferido”, completou.
Seemi Jamali, médico do hospital Jinnah, confirmou que “dois corpos e uma pessoa em estado crítico” foram levados para o local.
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O ataque aconteceu às 9H30 locais (1H30 de Brasília).
Fotos e vídeos publicados em redes sociais mostram a área do ataque.
Os criminosos conseguiram fugir, de acordo com Javaid Alam Odho, que não confirmou o fim do ataque. Policiais foram mobilizados para reforçar a segurança e prosseguir com as investigações.
O ataque foi reivindicado por um movimento separatista, o Exército de Libertação do Baluchistão (ALB), uma província instável do sudoeste do Paquistão.
“Nós executamos o ataque e nossa ação continua”, declarou Geand Baloch, porta-voz do movimento.
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Em uma foto publicada no Twitter pelo grupo, três homens são apresentados como os autores do ataque. Eles aparecem diante de uma bandeira do Baluchistão.
O ALB é um dos grupos que atuam no Baluchistão, uma província que é cenário de atentados de movimentos islamitas armados e de rebeldes locais que desejam autonomia, e até mesmo a independência, da região.
Esta província é a maior do país, mas também a mais pobre, embora possua importantes reservas de mineração e gás.
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O governo chinês condenou o ataque contra o consulado em Karachi.
“A China condena firmemente qualquer ataque violento contra suas agências consulares diplomáticas e pede ao Paquistão que adote medidas concretas para assegurar a segurança dos cidadãos e instituições chinesas no Paquistão”, declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Geng Shang.
A China, importante aliada do Paquistão, investe bilhões de dólares no Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC).
O acordo prevê a construção de várias infraestruturas, estradas, centrais elétricas e hospitais, além de um porto de águas profundas em Gwadar, no Baluchistão, que dará aos produtos chineses acesso direto ao mar da Arábia.
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* AFP