Quatro meses após a casa do ex-secretário de Gestão Governamental de Blumenau, Michael Maiochi, ser alvo de tiros, uma operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (19) contra ao menos oito suspeitos de envolvimento no ataque. Um deles seria um ex-servidor comissionado da prefeitura, que teria atuado como secretário municipal na cidade até o fim do ano passado, segundo o delegado responsável pela investigação, Bruno Fernando. Quinze mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Indaial, Pomerode, Timbó e Blumenau.
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A chamada “Operação Publicis” mira oito pessoas que teriam possível relação com os disparos de arma de fogo contra a residência de Maiochi, em fevereiro deste ano. Ao menos quatro tiros teriam acertado o portão, parede e um carro que estava na casa, conforme informado, à época, pelo colunista Pedro Machado.
Um dos suspeitos seria um ex-servidor comissionado, que estava à frente de uma das secretarias de Blumenau até o fim de 2023. Ainda de acordo com Bruno Fernando, mandados foram cumpridos na casa dele, também em Blumenau, onde reside. Nenhum nome foi divulgado até o momento.
Segundo a investigação, Maiochi vinha sofrendo ameaças por mensagens de WhatsApp que chegavam através de terceiros, onde faziam acusações de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito durante a gestão municipal dele. O ex-secretário ainda teria recebido a promessa de um possível ataque contra ele, o que ocorreu em 5 de fevereiro.
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Dois dias depois, na sexta-feira (9), Maiochi foi exonerado, a pedido. À época, em nota oficial, a prefeitura alegou que a decisão foi tomada por questões pessoais. Desde então, a Polícia Civil, por intermédio da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau, identificou oito pessoas que estariam envolvidas com o crime. Os mandados colherão provas que devem auxiliar nas investigações.
A operação segue em andamento e conta com o apoio de 36 policiais civis de Indaial, Pomerode, Ascurra e Timbó. Até o momento, foi apreendida a motocicleta utilizada pelos autores dos disparos, duas armas de fogo, R$ 4 mil e colhidos documentos e aparelhos celulares que serão analisados e periciados para o inquérito, que, ao fim das investigações, será encaminhado ao Poder Judiciário.
Ainda de acordo com o delegado Bruno Fernando, não foi possível esclarecer, até o momento, a verdadeira motivação para as ameaças e disparos contra o ex-secretário Maiochi. Para o ex-servidor, “o crime estaria relacionado a atuação firme dele com os prestadores de serviço, por conta da aplicação de multas e rescisão de contratos”, de acordo com a polícia.
O que diz a prefeitura
Por volta das 12h, a prefeitura emitiu uma nota sobre o caso, onde ressaltou que nenhum servidor do quadro da administração foi alvo da operação desta quarta-feira. Confira o texto na íntegra.
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“A Prefeitura de Blumenau informa que tomou conhecimento pela imprensa da operação da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira, dia 19, que investiga um atentado contra um servidor municipal. Informamos que nenhuma secretaria ou autarquia da Prefeitura foi alvo da operação e não há envolvimento de nenhum servidor do quadro da administração municipal na ação”.
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