O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o ataque lançado por cerca de vinte homens contra a base militar de Valencia (norte) deixou neste domingo dois mortos e oito detidos, um dos quais está ferido.
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“Dois foram abatidos pelo fogo leal à pátria, um está ferido. Destes 10 atacantes que ficaram nas instalações de Paramacay, nove são civis e um é um tenente desertor há meses, que tinha dado baixa (foi reformado)”, assegurou o presidente em seu programa dominical de TV.
Segundo o presidente, o militar desertor “está colaborando ativamente com informação” e também foram obtidos “os testemunhos dos sete civis”.
Maduro informou que “uns 20 mercenários” entraram às 03h50 locais (04h50 de Brasília), “surpreenderam a vigilância e se dirigiram diretamente aos parques de armas”.
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Após a voz de alerta, “em questão de minutos” os soldados e oficiais reagiram e responderam com fogo em um combate que durou até as oito da manhã e “fizeram os atacantes fugir”. Ainda segundo o presidente, os mesmos continuavam sendo procurados.
O incidente foi divulgado depois da difusão nas redes sociais e em vários veículos de comunicação de um vídeo gravado supostamente na 41ª brigada, em que um homem que se apresenta como um capitão, se declara em “rebeldia” contra Maduro e exige um “governo de transição”.
Em Valencia (180 km a oeste de Caracas), a situação era tensa. Helicópteros sobrevoavam os arredores da base e militares patrulhavam a área com tanques e armas longas, comprovou uma equipe da AFP.
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Após o ocorrido, dezenas de pessoas ergueram barricadas nas proximidades de Valencia, onde depositaram troncos de árvores e queimaram lixo, enfrentando-se com militares da Guarda Nacional que os dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo e projéteis de chumbo.
* AFP