Não podia ser diferente. Depois de marcar duas vezes contra o Flamengo e garantir a vitória do Avaí no domingo, a segunda-feira do atacante Hugo foi de ver os jornais, procurar pelas fotos do jogo, rever os gols e receber entrevistas na sua casa. Sempre na companhia do pai, José Carlos, mais conhecido como o Marreta, que visitou o filho durante o fim de semana e deu sorte na estreia diante a torcida avaiana.

Continua depois da publicidade

Hugo já havia jogado contra o Internacional em Porto Alegre, mas foi com o apoio do torcedor azurra, e de seu Marreta, na arquibancada que o atacante, que costuma jogar aberto pelos lados, marcou dois gols de centroavante. Um deles polêmicos e que tiraram o sono do rival. Mas o atacante não se importa, objetivo é colocar a bola para o gol.

– Eu nem vi nada, se saiu ou não. A bola veio em cima de mim e dei um jeito de empurrar para o gol – lembra Hugo que parece repetir seu nome cada vez que menciona a palavra “gol” enquanto fala.

Confira a tabela do Brasileirão 2015

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias sobre o Avaí

O sotaque do Rio de Janeiro, o estilo boleiro e despojado dentro de casa com roupas largas e pés descalços. Sem frescura, Hugo contou como tem sido os primeiro dias no Avaí, a pressão da mulher Larissa para casar, um pôquer de vez enquanto para descontrair, o estilo do corte de cabelo mais comportado e as tatuagens para os pais. E garantiu que se o seu Marreta estiver na arquibancada a pressão aumenta, mas é certeza de que boa coisa deve acontecer.

Quer dizer que seu Marreta deu sorte para o jogo?

Eu chamei ele para ver o jogo, já que era meu primeiro na Ressacada. E antes, no vestiário falei para os colegas. “Olha, o meu pai tá aí. Quando o Marreta vem alguma coisa acontece. O Marretão é pé quente. Ele tá ai, ferrou.” Com ele a responsabilidade é grande, mas a sorte é em dobro.

Teu pai está de passagem. Mas tua esposa e filha devem vir para cá?

Sim, em breve. A Larissa está feliz de vir para cá. É um lugar bom para se viver. Será muito bom ficar junto comigo, morar junto e também conhecer um lugar diferente. Estamos há quase cinco anos juntos, temos uma menina linda. Já juntamos tudo. Estamos casados, não é oficial, mas estamos. Ela tá me cobrando, logo já vou casar de verdade.

Continua depois da publicidade

Como assim cobrando?

Está metendo a pressão. Minha filha nasceu faz seis meses e agora ela quer casar de qualquer jeito. Está com a faca no meu pescoço já. Estamos ajeitando para casar. Mas não sei quando.

E como tu és em casa. Do que gostas de fazer?

Gosto de ficar em casa. Estar com minha família e amigos. Fazer um churrasco, tomar uma cervejinha de leve porque ninguém é ferro. Conversar um fiado. Também brinco de jogar um poker.

Teu pai comentou que quando pequeno tu jogavas como volante, no meio-campo. Agora, o ataque é mais fácil?

Continua depois da publicidade

No ataque! Tá louco? Como volante tem que correr e marcar muito. Tá doido. Graças a Deus. Agradeço muito ao Rubens Filho, do Mesquita lá no Rio, o treinador que me colocou no ataque em um jogo. De lá para cá nunca mais sai da frente.

Domingo tu marcaste dois gols e homenageou eles com as tatuagens, certo?

Sim. Minha mãe Marinete, que faz aniversário hoje (segunda-feira) tatuado no braço direito e meu pai, o Marreta, no esquerdo. Eles sempre me ensinaram a andar no caminho certo. A ir para escola, estudar mesmo quando não gostava. São minhas referências. São duas pessoas guerreiras e dentro de campo eu também tento nunca desistir.

E o cabelo? Vai voltar ao estilo do Volta Redonda?

Agora a cabelereira tá mais baixa. Usava há 13 anos aquele cabelo loiro moicano. Agora resolvi dar uma equilibrada na imagem. Mas talvez volte, a Larissa falou que tá muito feio agora.

Continua depois da publicidade