Três jogos, três gols. Todos da Chapecoense neste início de Campeonato Brasileiro aconteceram graças ao toque de Everaldo. O camisa 77 lidera o ranking dos goleadores da competição, ao lado de Ricardo Bueno, do Ceará, com três gols. O centroavante é responsável direto pelos quatro pontos do time do Oeste catarinense. Porém, o jogador de 27 anos pondera. Divide o mérito com os companheiros por acreditar que uma das funções em campo é completar para as redes as jogadas.
Continua depois da publicidade
– Não acredito que tenha Everaldodependência, isso se deve a todo o time estar jogando bem. Com certeza quem é o homem-gol é mais acionado – disse o atacante em entrevista ao repórter Pedro Rocha, da NSC TV.
Everaldo chegou na Chape para ser homem-gol. Mostrou isso logo na estreia, ao assinalar na vitória por 2 a 1 sobre o Hercílio Luz, no Catarinense, quando entrou na metade do segundo tempo. Com esse e os três no Brasileirão, já são nove até agora em 22 jogos com a camisa do Verdão. O atacante deixa a modéstia de lado sobre o desempenho até aqui, mas guarda para si a meta pessoal.
– A meta eu seguro para mim, a meta é segredo. Mas em relação aos gols eu fico sim muito feliz, mas eu gosto de ajudar a equipe, principalmente. Claro que eu esperava pois eu estou trabalhando para isso, toda semana trabalhando forte para que os resultados aconteçam dentro de campo e, graças a Deus, felizmente estou conseguindo – afirmou.
Para entrar na história
A história da Chapecoense é recheada de bons atacantes. Everaldo quer entrar nela. Nos últimos dez anos se destacaram Bruno Cazarine, vice-campeão catarinense em 2009, Aloísio, campeão em 2011, Rodrigo Gral, que marcou 500 gols na carreira e atuou nos acessos para Série B e Série A, além de Wellington Paulista, Túlio de Melo e Leandro Pereira, entre outros. No ano passado Leandro Pereira fez 11 gols no Brasileirão e se tornou o jogador da Chapecoense que mais gols marcou pelo clube numa única edição, superando o próprio recorde, de dez gols em 2014.
Continua depois da publicidade
Com a camisa 77 – que escolheu o número por gostar do 7 – busca estar entre os nomes da lista e tentar ficar próximo do maior goleador da história do clube. Bruno Rangel morreu no acidente aéreo na Colômbia, em novembro de 2016, com um total de 81 gols com a camisa verde e branca. Everaldo também já conversou com Índio, um dos destaques do time na década de 1990, que segundo seus cálculos fez mais de 60 gols com a camisa alviverde.
Talvez seja o número na meta não revelada por Everaldo. Alcançável neste ritmo e com mais temporadas pelo Verdão. Isso se não houver assédio sobre o clube na janela do meio do ano.