A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada esta manhã, voltou a ressaltar que a confiança dos empresários brasileiros continua elevada, embora agora esteja em “menor escala”, o que se configura como um canal de contaminação da crise internacional para a economia doméstica.
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Apesar de a expansão da demanda doméstica ter se moderado, na avaliação do colegiado,, com alguma assimetria entre os diversos setores.
– Essa avaliação encontra suporte em sinais que apontam expansão moderada da oferta de crédito tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, e no fato de a confiança de consumidores e, em menor escala, de empresários se encontrar em níveis elevados – trouxe o documento.
A perspectiva do colegiado é a de que a atividade doméstica continuará a ser favorecida pelas transferências públicas e pelo vigor do mercado de trabalho, que, conforme o Comitê, se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários. Os diretores fizeram essa avaliação, apesar de salientarem que existe certa acomodação na margem.
Para o Copom, aumentam as evidências de que a transmissão dos desenvolvimentos externos para a economia brasileira se materializa por intermédio de diversos canais. Entre eles estão moderação da corrente de comércio, moderação do fluxo de investimentos e condições de crédito mais restritivas. O comitê considerou ainda que os efeitos da complexidade que cerca o ambiente internacional se somaram aos da moderação da atividade doméstica.
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