A última reforma completa da quadra de esportes da Associação Blumenauense de Amparo aos Menores (Abam) foi há 15 anos. Em janeiro, um vendaval arrancou parte das redes de proteção. Quando as crianças estão na quadra praticando algum esporte, quase sempre a bola cai para fora das telas, às vezes só param nas casas vizinhas.
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Fundada há quase 58 anos, a associação atende em média 35 crianças, que tiveram os direitos violados e foram encaminhadas para ali por meio de medida de proteção expedida por um juiz ou pelo Conselho Tutelar. São atendidos crianças e adolescentes de zero a 18 anos, de Blumenau e região. Na Aban eles ficam em média um ano e meio. Para os que atingem a maioridade e a família não tem condições de recebê-los, a entidade ajuda na busca de moradia e emprego.
A pedagoga Darci Holler Pereira diz que os internos vivem uma rotina como se estivessem em casa. Frequentam escola e, na associação, têm aulas de grafite, cuidam de hortas, participam de brincadeiras, entre outras atividades. São 33 funcionários e 18 voluntários. Para sobreviver, a ONG firma convênios com os municípios da região e promove eventos. Do contrário, a conta no fim do mês não fecha.
– Diferente de outras entidades, não contamos com a ajuda das famílias dos usuários – explica Marilene Lourenço, presidente da entidade.
Para arrecadar dinheiro para as obras na quadra, por exemplo, a associação fez parceria com a Câmara Júnior Internacional (JCI) Blumenau-Garcia: é o projeto Pizza do Bem. Até dia 5 serão vendidos mil tíquetes a R$ 40, que dá direito a pizza na Don Corleone. E no dia 8 a Aban promove sua 7ª Feijoada, a R$ 25, no Centro Cultural 25 de Julho, que fica na Rua Alberto Koffke, Centro.
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