A Associação Empresarial de Blumenau divulgou nota nesta quinta-feira manifestando-se contra a greve geral programada para esta sexta-feira em todo o Brasil.

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Segundo a nota, a entidade considera urgente a necessidade de se promover reformas na economia brasileira “para criar um ambiente favorável e menos hostil à retomada do crescimento e a geração de empregos e renda”.

Em Blumenau, o transporte público vai parar por 24h a partir das 3h30min desta sexta-feira. A maioria das escolas municipais não deve atender e há unidades de saúde com horário diferenciado ou sem atendimento em adesão à paralisação.

A greve geral desta sexta-feira foi convocada pelas centrais sindicais para se manifestar contra as reformas trabalhistas e da previdência, que estão em discussão no Congresso Nacional.

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Confira a íntegra da nota divulgada pela Acib:

Nota oficial da Acib sobre a anunciada paralisação de 28/04/17

Consoante ampla divulgação na imprensa, anuncia-se pretensa paralisação para o dia 28/04/17, sob o patrocínio de centrais sindicais, sindicatos e outras entidades, em repúdio às reformas trabalhista e previdenciária.

Diante disso, a Associação Empresarial de Blumenau vem a público externar seu posicionamento a respeito.

A ACIB é contra o ato de paralisação, programado para o dia 28/04. Dentre outros motivos que nos conduzem a este pensar, podemos relembrar a necessidade de se promover reformas urgentes de estruturação da economia brasileira, dentre elas evidentemente se encaixam a trabalhista e a previdenciária, para criar um ambiente favorável e menos hostil à retomada do crescimento e a geração de empregos e renda, inclusive para diminuir esse absurdo número de mais 13,5 milhões de desempregados.

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Por isso, apoiamos o manifesto da Associação Empresarial de Rio do Sul, que assim divulgou seu posicionamento a respeito:

“É no mínimo curioso que algumas entidades de classe sejam contrárias a tomada de medidas para que 13,5 milhões de brasileiros desempregados possam voltar ao mercado de trabalho. Impedir o avanço da reforma da previdência, a modernização das leis trabalhistas e a possibilidade de terceirização em todas as atividades, são atitudes que irão prolongar a maior crise da história e, sobretudo, aprofundar o desemprego, a informalidade e o sofrimento.

Ao invés de defender o trabalho, sindicatos laborais convocam a greve geral e vão às ruas pela própria sobrevivência; embora não digam isto aos seus representados. É óbvio. Uma das medidas que avançam com a reforma trabalhista é o fim da contribuição sindical compulsória, de natureza tributária, principal fonte de recursos da maioria dos sindicatos do país. Enquanto o Brasil experimenta o pior índice de desemprego da história, o tema sequer integra a pauta de reivindicações destes sindicatos. Diferente, aliás, do que fizeram na última greve geral, de 1996.

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(…), alguns sindicatos laborais convocam trabalhadores para o movimento grevista afirmando que as condições de trabalho poderão se tornar ainda mais “cruéis” caso estas medidas sejam implementadas. Esquecem-se que crueldade é não ter onde trabalhar, é viver sem perspectivas e não ter condições de prover o sustento da própria família. Não há trabalho sem as empresas e estas não existem sem o trabalho.

(…) Somente um novo ciclo de desenvolvimento, alicerçado por reformas profundas, será capaz trazer oportunidades para quem, neste momento, sequer trabalho e renda possui.

A ACIB, embora não tenha posição contrária às manifestações populares, desde que não embaracem serviços públicos e o direito dos outros, entende que a pauta para a anunciada paralisação de 28/04 é equivocada, é não condiz com os dias atuais.

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O que o Brasil precisa, e já passou da hora faz tempo, é a eliminação de barreiras e entraves burocráticos, que só atravancam seu crescimento, a geração de renda e o bem estar das pessoas. Reformar a previdência e a legislação trabalhista, por certo, são importantes passos nesta direção, que deverão seguir-se de outros, igualmente imprescindíveis, tais como a reforma política e tributária.

Por fim, não se pode deixar ainda de registrar o total e irrestrito apoio da ACIB ao combate à corrupção, que é mais um dos males a atrasar o desenvolvimento do País e a construção de uma Nação justa e igualitária.”