A diretoria da Associação dos Agentes Penitenciários e de Segurança Socioeducativos do Estado de Santa Catarina (AAPSS/SC) emitiu uma nota de pesar sobre a morte do agente penitenciário Elton Davi de Oliveira Máximo, de 33 anos, morto a tiros na tarde desta sexta-feira na zona Sul de Joinville. Na nota o crime foi classificado como “brutal e covarde” e a associação deseja conforto para a família da vítima. A diretoria ainda critica as políticas públicas de segurança no Estado que “estão atrasadas e equivocadas”.

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Segundo o delegado Dirceu Silveira Junior, Elton foi atingido por pelo menos três tiros. Ele estava na calçada em frente ao Maximo’s Cabeleireiros, estabelecimento seria da namorada da vítima. Uma pessoa próxima ao agente, que não quis ter seu nome revelado, disse que Elton teria ido levar o lixo na rua quando foi atingido pelos tiros. Também em nota, a SJC informou que Elton estava de folga quando foi atingido por diversos disparos efetuados por dois homens que estavam em uma motocicleta.

Leia a nota da AAPSS/ SC na íntegra:

NOTA DE PESAR

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A Associação dos Agentes Penitenciários e de Segurança Socioeducativos do Estado de Santa Catarina (AAPSS/SC) lamenta, com profundo pesar, a morte brutal e covarde do Agente Penitenciário Elton Davi de Oliveira Maximo, na tarde desta sexta-feira (18/08/2017) em Joinville, servidor atuante e cumpridor de suas atribuições no Presídio Regional de Joinville, que esta homenagem possa confortar sua família.

Em razão do fato, refletimos; a crescente criminalidade que assola Santa Catarina, que atenta contra a vida de um operador de segurança pública, atuante nos limites da lei objetivando cumprir a fiel execução da pena, um golpe aplicado diretamente no Estado e Sociedade, fragilizando o cidadão de bem que se afugenta para dentro de seus lares buscando aquilo que se perdeu, SEGURANÇA aos seus familiares. Porque a família falha na educação, a sociedade falha na socialização da criança e adolescente, o Estado falha nas ações sociais, cabendo às polícias reprimir onde todos falharam e ao Agente Penitenciário aplicar uma ressocialização a quem se quer foi socializado.

As politicas públicas de segurança do Estado estão atrasadas e equivocadas, garantir reais condições de trabalho e equipamentos de uso individual, realizar concurso aumentando quantitativo de servidores efetivos no quadro de Segurança Pública, Penitenciária e Socioeducativa, aplicar o fiel cumprimento da lei. Ressalvo um Judiciário que atua na omissão do Estado aplicando ações “sociais” em seus julgados buscando exaurir as lacunas que não o cabem, reformando sentença de primeiro grau após exegese da utopia literária acadêmica, agravando ainda mais o problema da realidade prisional ao suspender revista íntima, sem que determine a solução para o dissidio, onde escâneres corporais devem ser adquiridos para todas as Unidades Prisionais, fundado em propositura de ação sem conhecimento de causa, onde a Defensoria Pública compactua com ilícitos, por entendimento que “entrada de drogas e celulares não trazem risco”.

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Por fim, lembramos a todos que a realidade penitenciária não está escrita nos livros de história e salas de aulas, ela se escreve no dia a dia do Agente Penitenciário, em seu dia de trabalho e também na sua folga, pois este tão honrado servidor por muitas vezes marginalizado pela mídia vendedora de notícias, cumpre pena todos os dias de sua carreira, marcado física e psicologicamente por um ambiente de alto risco e insalubre, esquecido durante sua vida e lembrado em sua morte.

DIRETORIA AAPSS/SC

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