Com intensas reivindicações por ampliação do efetivo da Polícia Militar nos últimos anos, a Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) disse que a convocação de 1.084 novos policiais deve ser comemorada, mas é necessário manter o questionamento permanente por investimentos e contratações mínimas em substituição aos militares que estão se aposentando.
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— Não só a Aprasc como toda a sociedade deve comemorar. Não dá para prescindir do efetivo, mas deve-se também melhorar as condições do efetivo, a resolubilidade, o atendimento de ocorrências, a prevenção e usar a tecnologia a nosso favor — declarou o presidente da Aprasc, Edson Fortuna.
Os dados da entidade são de que o efetivo da PM caiu 10% desde 2014 e só em 2016 houve baixa de 886 policiais militares. Destes, 780 se aposentaram por tempo de serviço, muitos para escapar das novas regras da previdência que poderão ser implementadas.
Fortuna alerta para a necessidade de ampliar o efetivo principalmente das cidadezinhas no interior de Santa Catarina, nas regiões Oeste, Extremo-Oeste, Meio-Oeste, Planalto Serrano e Planalto Norte.
— Tem policial militar trabalhando sozinho em inúmeros municípios e precisa do reforço do vizinho para fazer o atendimento — ressaltou.
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Fechamento de quarteis dos bombeiros
A Aprasc afirma que agora o problema maior é a situação do Corpo de Bombeiros Militar. Segundo a entidade, quarteis estão sendo fechados no Extremo-Oeste em razão da falta de efetivo, hoje de 2,5 mil bombeiros, e há necessidade de acréscimo de no mínimo mil servidores.
Na solenidade nesta manhã na PM, em Florianópolis, o governador Raimundo Colombo prometeu lançar este ano concurso para outras instituições como a Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Corpo de Bombeiros.