Apesar da negativa no exame para o vírus ebola do estrangeiro que se registrou na delegacia da Polícia Federal de Dionísio Cerqueira, no dia 23 de setembro, alguns moradores estão preocupados com a fragilidade no controle de ingresso de estrangeiros no país.
Continua depois da publicidade
Por isso a Associação Comercial de Dionísio Cerqueira e Barracão deve encaminhar um documento para a Associação Nacional de Vigilância Sanitária para reforçar o controle.
-Já pedi para a nossa secretária redigir um ofício- afirmou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Dionísio Cerqueira e Barracão, Tarcísio Sartori.
-Estamos convivendo com um risco iminente, o governo brasileiro está pondo em risco a saúde da população brasileira- disse Sartori.
Continua depois da publicidade
Na fronteira catarinense de Dionísio Cerqueira com Bernardo de Irigoyen, onde existe uma aduana de cargas e outra de turismo, é muito fácil atravessar de um lado para o outro. Na maioria da fronteira há acessos para passar a pé, bastando atravessar uma rua.
Tanto que muitos brasileiros do Paraná e de Santa Catarina vão fazer compras na Argentina e até carrinhos com mercadorias passam de um lado para o outro. Não há pessoal suficiente para fiscalizar tudo. A Anvisa, por exemplo, tem dois funcionários.
-Não tem como controlar as pessoas que passam- reforça Tarcísio. Ele afirmou que há falhas na estrutura de controle para casos como o do ebola.
Continua depois da publicidade
-É mais vigiada a entrada de um anilam com risco de aftosa do que uma pessoa por qualquer risco de doença- afirmou. Ele lembrou que em alguns episódios de focos de aftosa nos países vizinhos até o exército colocou blindados na fronteira e não vê mobilização semelhante no caso do ebola.
O delegado da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira, Márcio Anater, disse a entrada dos africanos dos países com risco de ebola não estão vindo pela fronteira com a Argentina.
-A Argentina não tem nada a ver com isso, eles estão entrando pelos aeroportos, não entram a pé- aifrmou Anater.
Continua depois da publicidade
Ele explicou que o morador de Guiné suspeito de ter o vírus ebola, o que não se confirmou, entrou com visto de turista no país antes de fazer o pedido de refugiado.
Pela fronteira da Argentina com Dionísio Cerqueira entraram alguns senegaleses, há alguns anos, e haitianos.
A gerente de saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Dionísio Cerqueira, Eila Labres, disse que houve uma reunião dos órgãos de saúde e controle na fronteira na sexta-feira e que está sendo verificada a estrutura de equipamentos para o atendimento de suspeita de doenças contagiosas, como ebola, nas unidades de saúde.
Continua depois da publicidade
:: Ebola: conheça a história e os principais modos de contaminação
Em Santa Catarina as equipes do Samu e dos hospitais Nereu Ramos e Joana de Gusmão estão preparadas para atender pacientes suspeitos de doenças contagiosas.