A assinatura da ordem de serviço para a construção de um novo portão de acesso na SCPar Porto de São Francisco do Sul marcou a solenidade alusiva ao aniversário de 63 anos do terminal, comemorado nesta semana. A cerimônia ocorreu na manhã desta quinta-feira (5) e reuniu autoridades e parte dos 190 colaboradores da unidade portuária, tendo ainda a inauguração da primeira das sete novas torres de iluminação que devem garantir mais segurança das operações noturnas. Os dois investimentos totalizam R$ 10 milhões.
Continua depois da publicidade
Principal investimento de momento visando visando ampliar a capacidade operacional e manter o Porto de São Francisco do Sul entre os sete mais competitivos do País, a implantação do “gate in” vai aumentar de duas para cinco a quantidade de balanças rodoviárias eletrônicas em operação. A projeção de Luís Furtado, diretor-presidente do complexo portuário, é de que a medida aumente em até 50% a capacidade produtiva e de, no mínimo, 10% ao ano na movimentação de cargas dentro da unidade – que em 2017 atingiu 12,2 milhões de toneladas – já a partir do ano que vem.
— Hoje nós temos uma operação limitada por ter um portão de entrada com apenas duas balanças e, se fizer uma comparação com outros portos, a maioria deles têm cinco no mínimo. Então estamos fazendo um portão de entrada com três balanças e o atual vai ficar com duas de saída. Com isso, por exemplo, se um navio leva dois dias para descarregar, vai levar um, e quanto menos tempo ele fica parado se torna mais atrativo para o armador, o operador portuário e também para o porto, que consegue fazer uma operação mais rápida — explica.
O total investido no novo “gate in” é de R$ 4.795.845,01 e a estimativa de início dos trabalhos é de ocorrer em até dez dias. O contrato foi firmado pouco mais de cinco meses depois de lançado o edital de licitação, em dois de fevereiro deste ano, com previsão de entrega nove meses depois de assinada a ordem de serviço.
A cerimônia contou ainda com inauguração de uma das sete novas torres de iluminação em LED no pátio do terminal, com custo de R$ 5.343.601,24. A intervenção deve ser concluída em até três meses e atende uma demanda feita em 2015 pelo Ministério Público Federal (MPF).
Continua depois da publicidade
— O MP chegou a fechar um dos nossos berços por falta de iluminação e a gente teve que colocar holofotes móveis para dar continuidade às atividades. A partir de hoje vai funcionar uma nova torre e isso já muda a história do porto e devemos ter esse problema sanado rapidamente. A implantação do novo sistema vai possibilitar contar com oito torres (uma já existente) que trarão mais produtividade e segurança para as operações noturnas do terminal — destacou Furtado no evento.
Investimentos são trunfo para manter a competitividade do maior porto público do Estado
A Sociedade de Propósito Específico, subsidiária à estatal SC Participações e Parcerias (SCPar), que administra o Porto de São Francisco do Sul, afirma que outros investimentos estão sendo planejados com objetivo de manter a competitividade do terminal portuário.
Entre as obras de infraestrutura previstas está o Aterro do Berço 201, que aguarda a emissão da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O projeto está pronto para o aterramento de uma área alagada que dará ganho de dez mil metros quadrados na estrutura portuária. Depois de iniciada, a execução dos trabalhos devem levar cerca de um ano com investimento previsto de R$ 8 milhões.
Também no radar está a reforma de uma das duas esteiras de carregamento do corredor de exportação em novembro deste ano. Uma delas foi reformulada e voltou a operar no fim do mês passado, três meses depois de parte de a estrutura ceder, e passar por reforma completa. A recuperação desta outra linha deve ocorrer no período de entressafra conforme acordo com os terminais que operam no porto. A intenção é retomar novamente a capacidade total de operação do setor na próxima safra de grãos, em janeiro do ano que vem.
Continua depois da publicidade
Para o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Joinville, Volnei Francisco Batista, essa sinalização da estatal tende a criar uma vitrine perante aos outros portos do Estado, resultando em maior fluxo de cargas e, consequentemente de faturamento. Os impactos dessa sequência de intervenções também é destacado pelo diretor da SCPar, Fernando Moretti, como indicativo de fortalecimento do complexo como o maior terminal de exportação catarinense.
— O Porto de São Francisco já é bastante competitivo, ele representa 33% da carga de grãos no estado de Santa Catarina, mas isso implica justamente em uma maior competitividade, maior produção e movimentação do porto. também podemos destacar o impacto social que esses recursos refletem na comunidade de São Francisco do Sul e Região, que estará mais evidente a partir de agora — justifica.