Quase um ano e meio depois do lançamento do edital de licitação nesta quarta-feira finalmente foi assinada a ordem de serviço para o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e o Projeto Básico do Corredor Ferroviário Catarinense, também conhecido como Ferrovia do Frango ou Ferrovia da Integração.
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A assinatura foi no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nês, em Chapecó, com a presença da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio de Oliveira Passos, da secretária especial dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti e do Governador Raimundo Colombo, entre outras lideranças.
A obra de 862 quilômetros vai ligar o Oeste ao Litoral Catarinense. Há um traçado prévio indicando que a ferrovia sairia de Dionísio Cerqueira e passaria por São Miguel do Oeste, Chapecó, Herval D’Oeste, Ponte Alte, Blumenau e Itajaí. Mas também existe um movimento para ela passe pelo Planalto Norte, chegando a porto de São Francisco do Sul.
O presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado federa reeleito Pedro Uczai, defende que a obra passe pelo centro do estado, próximo das BRs 282 ou 470, pois as rodovias ajudariam a “alimentar” a ferrovia.
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Ele também defendeu que o traçado garanta uma velocidade de 80 a 100 quilômetros por hora, para viabilizar não somente o transporte de cargas, mas também de passageiros.
O ministro Paulo Sérgio Passos disse que o estudo de viabilidade é que vai indicar o traçado. O governador Raimundo Colombo também disse que não tem preferência por trajeto. -O traçado tem que ser definido por critério técnico- afirmou.
-Vamos estudar vários traçados- completou o empresário Wilfredo Brillinger, presidente da Prosul, empresa que integra o consórcio Prosul/Setepla/Urbaniza/Hansa, vencedor da licitação.
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O ministro dos Transportes informou que o estudo deve demorar dez meses e, o projeto, mais 12 meses. Com o projeto deve ser licitada a obra em si, que tem custo estimado em R$ 6 bilhões.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que o recurso de R$ 46,5 milhões para o projeto estão garantidos. -Para o projeto está tudo certo- disse.
A expectativa é que, a obra em si seja licitada no final de 2016 e, a obra em si, demore cerca de cinco anos.
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-Em sete a oito anos o trem vai apitar– disse o deputado Pedro Uczai.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, disse que a ferrovia é muito importante para reduzir os custos de transporte e dar competitividade para a indústria catarinense.
O presidente da Auror Alimentos, Mário Lanznaster, afirmou que, sem ferrovias, as agroindústrias continuarão e ir para o Centro Oeste, onde tem milho. -Lá o milho está 12 e, aqui, R$ 24- disse.
Por isso além da Ferrovia do Frango ele defende a Ferrovia do Milho, a Norte Sul, que também já está em estudo o traçado entre Panorama-SP/Chapecó-SC/Rio Grande.
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Lanznaster, Glauco Côrte, e o presidente da Associação Comercial de Chapecó, Bento Zanoni, pediram também a duplicação da BR 282.
O ministro dos Trasportes disse que o DNIT deve concluir em novembro um estudo de viabilidade técnica que já vai indicar trevos e terceiras faixas na BR 282. Disse que a atual empresa que está fazendo a recuperação da rodovia terá o contrato suspenso e contratada uma nova empresa.
Passos espera para maio de 2015 a inauguração da Ponte de Laguna. Em dezembro ele espera licitar a Via Expressa de Florianópolis e publicar o edital do túnel do Morro dos Cavalos.
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