A assessora parlamentar Rosangela Colombi, servidora do gabinete do vereador de Chapecó Valdemir Tigrão (PTB), será investigada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por ter se referido a negros e homossexuais como “raças criadas pela esquerda” em um grupo de WhatsApp.
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“Eu só quero garantir o meu direito de ser branca, italiana”, também escreveu Colombi na troca de mensagens que, no entendimento prévio da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, tem cunho racista.
Colombi escreveu as mensagens em resposta a um usuário do mesmo grupo que compartilhou uma capa de um jornal baiano. A imagem mostra uma estudante negra sorridente e vem acompanhada de uma manchete sobre a mudança de perfil da faculdade de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA) desde que a instituição adotou cotas raciais e econômicas, com mudanças para acolher novos alunos.
“Vem aí uma geração de ótimos profissionais. Como sempre, a Bahia na vanguarda”, ironizou o usuário que compartilhou a imagem da capa de jornal no grupo de WhatsApp.
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As mensagens da assessora foram expostas por um print que passou a circular nas redes sociais. Ao g1 SC, ela disse que não deseja se manifestar no momento. A reportagem também buscou posicionamento do vereador Valdemir Tigrão, que não retornou ao menos até a publicação deste texto.
A Câmara Municipal de Chapecó confirmou, em nota, que Rosangela Colombi é servidora comissionada de livre nomeação do gabinete de Tigrão: “[…] o Poder Legislativo ainda analisa quais procedimentos serão adotados”, pontuou ainda no comunicado.
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