É normal que os investidores tenham dúvidas sobre a diferença entre um assessor de investimentos e o consultor de investimentos. Apesar dos nomes serem parecidos, há diferenças bastante significativas entre as duas atuações. A principal, segundo o sócio e head do escritório da Warren de Itajaí, Elvis Roberto Lauth, é que o consultor não está associado a metas comerciais para venda de produtos de uma determinada corretora. Logo, está mais alinhado aos objetivos do cliente.
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Dessa forma, como o consultor está mais alinhado aos interesses do cliente, ele trabalha efetivamente com o aconselhamento, entregando recomendações e suporte para os investimentos, respeitando o perfil de cada investidor. Já o assessor atua como um preposto de uma corretora ou instituição financeira, fazendo a intermediação comercial entre o cliente e os produtos da corretora.
Ambas as funções são regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que define, por meio de suas instruções, o que os profissionais podem fazer e quais são suas áreas de atuação junto aos clientes.
Como atua o assessor de investimentos
Entre as funções que um assessor de investimentos exerce estão a captação de novos clientes, o fornecimento de informações sobre produtos de investimentos oferecidos pela corretora a que está vinculado e o processamento dos registros e ordens nos sistemas utilizados para negociação.
Também é importante ressaltar que o assessor não pode prestar serviço para mais de uma corretora, usar senhas e acessos de clientes, nem mesmo recomendar produtos. A sua atuação se resume a manter o relacionamento, informar os investimentos disponíveis e fazer a prospecção.
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Assessoria conflitada
O assessor atua, principalmente, na prospecção de clientes para a corretora e, com isso, recebe comissões. Chamadas de taxa de rebate, essas comissões têm um valor embutido nos produtos indicados pela corretora aos clientes, que é utilizado para remunerar os serviços da corretora e do assessor nesse sistema de remuneração.
Esse modelo de remuneração é chamado de commission based, ou “baseado em comissão”. Essa cobrança torna a negociação com o cliente conflitada. Produtos diferentes, como fundos de investimento, por exemplo, oferecem comissões diferentes à corretora e aos assessores.
A partir daí surge o conflito, pois nem sempre as indicações da corretora serão, necessariamente, aquilo que faz mais sentido para o investidor.
— Nós acreditamos que este modelo pode ser prejudicial para o cliente. Este conflito não combina com o serviço de gestão de patrimônio e programação da vida financeira dos clientes — explica Elvis.
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O papel do consultor de investimentos
O consultor de investimentos é um profissional que presta serviço personalizado e individualizado aos seus clientes. O seu trabalho é indicar e aconselhar os investidores sobre os melhores ativos para o perfil e objetivos de cada cliente.
Antes de recomendar qualquer produto de investimento, o consultor deve, obrigatoriamente, fazer o teste suitability com o seu cliente. Essa é uma avaliação que identifica o perfil de investidor, mostra a tolerância ao risco e os valores disponíveis para aplicação e o nível de experiência no mercado financeiro.
Na prática, o consultor exerce um trabalho mais alinhado aos interesses do cliente, já que não tem metas e comissões a receber de corretoras. Além disso, ao contrário do assessor, o consultor de investimentos atua de forma independente, ou seja, não é contratado exclusivamente por nenhuma instituição financeira. O consultor pode indicar produtos de investimento e simular carteiras e portfólios, cabendo ao cliente decidir se segue os conselhos ou não.
Normalmente, os clientes pagam esse profissional pelo trabalho de consultoria e assessoramento. Ao fechar a negociação, o consultor informa o valor da sua consultoria, ou taxa dos serviços prestados em relação ao montante investido.
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Como eliminar o conflito de interesse
Uma das principais diferenças entre assessor e o consultor de investimentos é a forma de remuneração. O commission based é a remuneração dos agentes, praticada por grande parte das corretoras brasileiras.
Nesse tipo de cobrança, o profissional tem metas a cumprir e recebe comissões embutidas nos produtos vendidos. Em alguns casos, há aplicações que rendem uma porcentagem maior de comissão ao vendedor, mas isso não significa que esses produtos estão realmente alinhados aos interesses dos clientes. Exatamente por isso que o commission based é um modelo conflitado.
Já a forma de remuneração fee based elimina 100% o conflito de interesses porque a remuneração do trabalho é feita por meio de uma taxa única, independentemente do produto contratado. Portanto, não há metas, nem comissões envolvidas na recomendação de aplicações. Somente o alinhamento com os objetivos dos investidores. Essa é a forma de remuneração adotada pela Warren e pelos consultores que trabalham no modelo da corretora.
A tendência é que no Brasil mais corretoras comecem a adotar o modelo fee based, como já aconteceu em países com mercados mais desenvolvidos. Na Inglaterra e na Austrália, por exemplo, é proibido que um profissional de investimentos atue no modelo commission based. Já nos Estados Unidos, mais de 60% do mercado já atua no no modelo fee based.
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A Warren é fee based desde o seu primeiro dia de funcionamento, pois o objetivo da corretora desde sempre foi eliminar esse conflito de interesses do mercado financeiro.
— A Warren é uma corretora que só trabalha no modelo fee based. Ela não exige que nenhuma consultor seja exclusivo dela, ou seja, um consultor independente pode utilizar não só a Warren, mas outra plataforma que julgar mais adequado para fazer a gestão dos investimentos do cliente — explica Elvis.
Dessa forma, a Warren pretende conquistar os clientes por meio da qualidade dos seus serviços e não por terceiros interesses.
— A Warren é guiada pelo intuito de ajudar os seus clientes a seguirem investindo cada vez mais e melhor, afinal, quando o cliente cresce, a Warren cresce também — finaliza Elvis.
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