Integrantes do Assentamento Milton Santos ocuparam nesta quarta-feira, por volta de 6h30, a sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga, zona sul da capital paulista. Com o ato, os manifestantes querem pressionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a interceder com a presidente Dilma Rousseff para evitar a reintegração de posse da área do assentamento, em Americana (SP). Eles têm até o próximo dia 30 para deixar o local voluntariamente.
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De acordo com a Polícia Militar (PM), viaturas foram enviadas ao local por volta das 7h30.
– Estamos em contato com eles [os PMs] e, por enquanto, a situação é tranquila – relatou Vandré Paladini, advogado das famílias. De acordo com o movimento, cerca de 80 pessoas participam do ato. A PM informou que a ocupação conta com 30 manifestantes.
Por volta das 9h da manhã, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, esteve no local. Segundo Vandré Paladini, Okamotto se comprometeu a entrar em contato com integrantes do governo para intermediar uma solução para o caso.
– Mas não temos nada de efetivo. Vamos ficar por aqui até que algo mais concreto seja feito – declarou o advogado.
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No Milton Santos, vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há sete anos, segundo o movimento. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social, única medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça no dia 28 de novembro.
Paladini informou que, desde a tarde de terça-feira, quatro estudantes que apoiam a reivindicação dos assentados estão acorrentados e fazem greve de fome em frente ao escritório da Presidência da República em São Paulo.