A continuação da assembleia de credores da Busscar, suspensa na terça-feira, não será mais no Centreventos Cau Hansen. Nesta sexta, o juiz responsável pelo caso, Maurício Cavallazzi Povoas, fez um pedido para que o administrador judicial Rainoldo Uessler procure outro local para a realização do evento.

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– Lá não há mais data disponível pelos próximos dois meses -, explica.

Em conversa com Uessler, o juiz soube que sua equipe já avalia outros dois endereços: o ginásio Ivan Rodrigues e o Expocentro Edmundo Doubrawa. A escolha do local deve acontecer em até sete dias e precisa ter estrutura para a instalação dos telões que exibem o resultado da votação e informações gerais sobre a discussão.

Mesmo que o local seja resolvido na próxima semana, Maurício estima que a nova assembleia de credores aconteça em até 30 dias e não mais em até 60, como determinou na terça-feira. Ele tem pressa. Quer equacionar o processo de recuperação judicial logo. A Busscar também está ansiosa.

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– Continuamos com a sugestão de marcar a próxima data em 15 dias -, diz Euclides Ribeiro, advogado da fabricante de carrocerias de ônibus.

O juiz argumenta que o plano apresentado pela empresa “está no limbo”, mas se não houver nova proposta oficial, é esta mesma que valerá. Para ele, as manifestações de credores e de potencial investidor no negócio na terça-feira deixam claro que virá, sim, um novo texto, modificando aquilo que foi mostrado pela Busscar.

Euclides garante que as negociações com credores nunca pararam. Assim como também jamais foi descartada a possibilidade da entrada de um sócio investidor.

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– Quaisquer propostas que tenham injeção de dinheiro, com previsão para o pagamento dos créditos da empresa e de tributos devidos ao Fisco, serão analisadas. Se não for nessas condições, nem estudaremos a possibilidade -, afirma o advogado.

O juiz esclarece novamente as razões pelas quais decidiu suspender a assembleia, na terça- feira:

– A classe de credores quirografários estava disposta a votar contra o plano; e até muitos dos que iriam votar favoravelmente não gostavam da proposta.

E ressalta que, entre os credores quirografários, aproximadamente 52% do valor de créditos desta classe corresponde às dívidas da Busscar com seus ex-sócios Randolfo Raiter e Valdir Nielson. Os dois têm R$ 304 milhões a receber e um acordo com eles é considerado ponto chave na construção de um novo plano.

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