Os agentes da Guarda Municipal de Florianópolis se reúnem em assembleia a partir do meio dia desta sexta-feira na sede da corporação para definir se a greve iniciada na última segunda-feira irá prosseguir. Em audiência de conciliação convocada pelo juiz federal Hildo Nicolau Peron com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Segurança e Gestão do Trânsito, Polícia Federal, Guarda e Ministério Público nesta quinta-feira, ficou definido em acordo um calendário para alinhamento de novo convênio para operação da GMF e um calendário de formação para que os agentes tenham condições de retomar o porte de armas de maneira mais rápida possível. Por parte da Guarda, as argumentações foram baseadas na necessidade da arma de fogo para as atividades do dia-a-dia, enquanto as demais partes se mantiveram intransigentes no cumprimento da lei e não encontraram brecha para que os agentes pudessem ter o porte novamente antes da conclusão dos treinamentos exigidos em lei.
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Segundo o calendário definido na audiência, em um primeiro momento apenas 25 guardas municipais terão o porte de armas, isto porque este grupo já concluiu os treinamentos necessários. Uma nova turma de 36 agentes deve concluir sua formação até o dia 31 de agosto. O processo deve se encerrar em 12 de outubro, com todos os 170 membros da Guarda Municipal de Florianópolis qualificados técnica e psicologicamente para atuar com porte de armas novamente.
Até o momento, a Guarda Municipal de Florianópolis se mostra resistenta à volta ao trabalho sem o uso de armas – ainda que por um período determinado. Nos últimos oito anos a corporação atuou com os equipamentos e os guardas consideram perigosa a volta à rotina sem armas letais. Os 170 agentes estão em greve desde a última segunda-feira.