A mesa diretora da Assembleia Legislativa determinou a realização de uma auditoria no ponto biométrico dos servidores da casa. O sistema foi instalado em dezembro de 2011, depois de denúncias de funcionários fantasmas no parlamento.
Continua depois da publicidade
De acordo com o presidente da Assembleia, deputado Joares Ponticelli (PP), a ideia é fazer uma avaliação para saber se o sistema está funcionando bem. Ponticelli nega que a iniciativa tenha sido motivada por alguma denúncia de irregularidade, embora admita que dentro da Casa haja questionamentos neste sentido.
– Não tenho conhecimento de denúncias. Existem comentários de corredor de servidores que não estariam cumprindo a carga horária – diz o presidente.
A auditoria será feita a partir do cruzamento de dados do ponto com o sistema de monitoramento de vídeo. O presidente disse que solicitou ao setor de controle interno da Assembleia que o relatório fique pronto em um mês. Serão analisados os dados de março deste ano.
– Se, eventualmente, tiver algum problema, vamos tomar as medidas necessárias -afirma Ponticelli sobre o resultado do levantamento.
Continua depois da publicidade
A Assembleia conta com 1.650 funcionários, sendo que mil trabalham na sede do parlamento, em Florianópolis, e registram o ponto pelo sistema biométrico. Os demais preenchem relatórios que estão disponíveis no Portal da Transparência da AL. O controle de jornada destes servidores não será auditado.
– Cada parlamentar é responsável por seus funcionários, que fazem relatório. O portal é o maior fiscal nesses casos – considera Ponticelli.
O sistema biométrico da Assembleia foi implantando depois da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo Ministério Público devido às denúncias de fantasmas. Três meses depois do início do controle, a AL fez cortes no pagamento dos servidores que não cumpriram sua jornada de trabalho.