Depois de meses de negociações, o destino da metalúrgica Duque será definido nesta quarta-feira, a partir das 8 horas, na assembleia geral de credores, que será realizada no Centreventos Cau Hansen.

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Representantes de bancos, fornecedores e dos trabalhadores vão decidir em votação se aprovam o plano de recuperação judicial, preparado pela companhia para saldar os débitos e retomar os negócios gradativamente, ou se indicam a falência da indústria joinvilense.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região recomenda a aprovação do plano, embora reconheça que a proposta não é a ideal, pois prevê carência de 12 meses e pagamento das dívidas em 36 meses.

No entanto, o presidente da entidade, Evangelista dos Santos, diz que a empresa se compromete a vender um terreno, avaliado em R$ 16,7 milhões, e um apartamento, de R$ 2,5 milhões, para saldar a dívida trabalhista, se isto for necessário.

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Outro aspecto que conta a favor da empresa é a retomada, ainda que tímida, da atividade produtiva. A Duque reabriu as portas no dia 29 de outubro deste ano, depois de quase um ano paralisada por falta de recursos financeiros para pagar funcionários e adquirir matéria-prima. No decorrer do período, houve até corte de energia elétrica, com a consequente interrupção do abastecimento de água.

O sindicato diz que atualmente 70 profissionais voltaram ao trabalho, somando manufatura e equipe de apoio.

– A empresa concluiu a produção de 25 toneladas de aramados e foram entregues mais 40 toneladas de matéria-prima – diz Evangelista.

A entidade sindical considera que, para os trabalhadores, é melhor receber os créditos na recuperação judicial do que numa eventual falência.

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