A assembleia semestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) começou hoje dominada pela pressão da crise econômica e foi recebida nas ruas de Washington por protestos.
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Os ministros de Economia e presidentes dos bancos centrais de todo o mundo se reuniram hoje no centro de Washington, área que ficará isolada pela polícia até amanhã, quando termina a assembleia.
Hoje cedo, cerca de 120 manifestantes passaram pela Casa Branca com destino às sedes do FMI e do Banco Mundial com mensagens como “Não aos resgates financeiros” e “Não ao capitalismo”.
– O dinheiro deve ser usado para cobrir as necessidades humanas, não para satisfazer a avareza corporativa – disse David Thurston, da associação Global Justice Action.
Hoje, os manifestantes vão expor suas alternativas no chamado Fórum Econômico do Povo, que será realizado em uma igreja de Washington.
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A assembleia teve início com a reunião do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, em inglês), o principal órgão executivo do FMI.
O Comitê, de nível ministerial, analisará a situação da economia mundial e as contribuições dos países ao Fundo para aumentar seu papel de suporte às nações com problemas por causa crise.
A reunião deste órgão servirá para coordenar as medidas que os governos estão adotando para responder à crise, tanto no terreno do estímulo fiscal, como no dos planos para restabelecer a saúde ao sistema financeiro.
O Fundo insistiu nos últimos dias em que não haverá recuperação sustentável até que os Estados Unidos e a Europa não limparem os balanços de seus bancos. Por volta das 16h30min (horário de Brasília), o presidente do IMFC, Youssef Boutros-Ghali, e o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, darão uma entrevista coletiva para resumir as conclusões determinadas pela reunião do Comitê, que também emitirá um comunicado.
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Amanhã, haverá a reunião do Comitê de Desenvolvimento, um órgão conjunto do FMI e do Banco Mundial, que encerrará a assembleia.