Sem quórum entre os trabalhadores, a assembleia geral de credores da Duque foi transferida para o dia 3 de dezembro. Representantes de bancos, fornecedores e da classe trabalhista deveriam votar, nesta quarta-feira de manhã, se aprovam o plano de recuperação judicial da metalúrgica de Joinville ou se indicam a falência da companhia.

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Às 11 horas, depois de duas horas de credenciamento e uma hora de espera, o administrador judicial, Anderson Socreppa, anunciou o adiamento da assembleia para uma plateia de 320 pessoas que compareceram ao Centreventos Cau Hansen.

Pela lei, se a primeira não tiver quórum, convoca-se a uma nova assembleia e, no segundo encontro, a votação ocorrerá entre aqueles que comparecerem ao local.

O quórum está associado ao valor dos créditos, sendo necessária a representação de mais de 50% dos créditos em cada uma das três categorias votantes. Mas, na classe trabalhista, a soma totalizou 26,26% dos créditos, insuficiente para dar prosseguimento aos trabalhos.

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Os demais credores compareceram em peso. Representantes dos bancos (garantia real) alcançaram 100% dos créditos, e de outros credores, como fornecedores, totalizaram 64,79% na respectiva categoria.

O consultor da Duque, responsável pelo texto do plano de recuperação, Magnus Carvalho do Couto, já temia pela ausência de trabalhadores, alegando que são muitos e estão dispersos.

O presidente do sindicato dos trabalhadores, Evangelista dos Santos, atribuiu o desinteresse à ausência de diálogo da empresa com os funcionários ao longo do período de crise financeira, que já completa um ano.

Depois de fechar as portas em novembro de 2013, a Duque retomou a produção no final de outubro deste ano de forma tímida. Produziu 25 toneladas de aramados para o setor de linha branca e acaba de fechar o fornecimento de componentes para produção de pedivelas para bicicletas, informou o consultor da empresa.

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