O homem responsável por atropelar e matar uma jovem em Itajaí no final de semana foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado. No entendimento da promotoria, o crime configurou feminicídio e foi praticado por motivo torpe sem possibilidade de defesa da vítima.
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A Justiça ainda precisa acatar a ação para que Juciano Marinho Gomes, 35 anos, seja considerado réu e vá a julgamento. Ele está preso preventivamente deste a noite dos fatos e vai responder também por embriaguez ao volante.
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O promotor de Justiça Marcio Rio Branco Nabuco de Gouvêa justifica os enquadramento do homem por entender que houve menosprezo à condição de mulher. Ele defente também que se tratou de um revide por a vítima ter ignorado o assédio e a jovem não teve condições de reagir ao ser surpreendida pelo homem.
Conforme relatado à polícia, Vanessa Tamyris de Oliveira Machowski, 18 anos, estava na frente da casa do namorado esperando um Uber quando o homem passou dirigindo uma Tucscon, parou e a assediou. O namorado repreendeu Juciano e os dois teriam discutido. O motorista teria deixado o local e retornado minutos depois jogando o carro direto na vítima.
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A mulher ficou prensada entre o automóvel e um caminhão que estava estacionado na rua. Ela chegou a ser socorrida encaminhada a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Cordeiros, ondes os fatos ocorreram. Porém, momentos depois ela morreu.
Juciano disse em depoimento à Polícia Civil que não atingiu a garota de propósito. A prisão em flagrante dele foi convertida em preventiva. A defesa tentou que ele respondesse em liberdade alegando que o homem é réu primário, tem trabalho registrado, endereço fixo, é casado e pai de seis filhos.
A juíza Anuska Felski da Silva não concordou e o manteve no presídio de Itajaí.
Vanessa nasceu em Rio Azul, no Paraná, e morava em Itajaí há 11 anos. Ela tinha terminado o ensino médio no fim do ano passado e trabalhava como babá de duas crianças. A jovem sonhava fazer faculdade de estética, como contou a tia dela ao G1.
Contraponto
Procurado pela reportagem do Santa, o advogado Nilson Fernandes, que representa Juciano, disse que não está autorizado a falar sobre o caso.
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