Gleidson Tiago da Cruz senta no banco dos réus nesta quarta-feira (26) para ser julgado pelo assassinato de um vendedor de paçoca, ocorrido em novembro do ano passado, em frente ao Giassi Supermercados. O júri popular está marcado para começar às 9h no Fórum de Blumenau, onde devem ser ouvidas 10 testemunhas e o réu. Essa será a primeira vez que o acusado vai falar publicamente sobre o crime.

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O homem responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Ele está preso desde o dia do assassinato brutal de Giovane Ferreira da Silva de Oliveira, presenciado por várias pessoas que estavam no local naquele fim de tarde, inclusive pela filha de apenas dois anos de idade do criminoso.

A defesa de Gleidson é formada por três advogados, mas eles preferiram não informar qual será a alegação diante dos jurados. “Vamos descobrir todas as nuances que ocorreram naquele dia e o que motivou o enredo de toda aquela situação”, informou o trio em nota à imprensa. A família de Giovane também estará presente e tem uma advogada de assistente de acusação.

A luz do dia e na frente de várias pessoas

O assassinato do vendedor de paçoca aconteceu em 3 de novembro do ano passado, na calçada em frente ao Giassi. Gleidson teria ido ao supermercado com a filha de dois anos e Giovane teria oferecido um doce à pequena, o que supostamente gerou um atrito com o pai. A partir daí, em um intervalo de 16 minutos, o criminoso foi para casa e voltou com uma faca, segundo a polícia.

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Conforme imagens de câmeras de segurança, Giovane estava de costas quando o assassino retornou e começa a golpeá-lo. A vítima tentou se esquivar, mas foi perseguida e reiteradamente esfaqueada. Quando o socorro chegou, já era tarde demais. Tudo aconteceu a poucos metros da filha de Gleidson, a qual ficou solta sozinha na calçada enquanto o pai cometia o ataque.

Gleidson permaneceu no local do crime até a chegada da polícia e foi levado para a delegacia. Desde o começo, as investigações apontavam que não havia sido legítima defesa. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva e o homem está no presídio de Blumenau desde então.

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