O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) aumentou a condenação de Kelber Henrique Pereira atendendo a pedido do Ministério Público. O homem matou a esposa e o filho, um bebê de apenas três meses, a facadas, em julho de 2022. O crime bárbaro chocou Blumenau e a crueldade empregada nos homicídios fez a Promotoria ir atrás de uma pena ainda mais severa.
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Kelber passou por júri popular em novembro do ano passado e saiu do Fórum condenado a 62 anos de cadeia. Com a reformulação da sentença, a pena passou para 70 anos — oito mais do que na primeira decisão. O promotor de Justiça Carlos Alberto da Silva Galdino disse que o acréscimo até pode parecer preciosismo, mas ainda está aquém do que a “monstruosidade do caso exige”, disse.
O assassino foi preso dois dias após matar a esposa e o filho caçula e está, desde então, no sistema prisional de Blumenau. Ele tem direito de recorrer da sentença, mas não em liberdade.

Cronologia do crime
O Ministério Público sustenta que Kelber asfixiou Jéssica no quarto do casal, que morava no bairro Velha Central, e depois a esfaqueou várias vezes na região do pescoço. Na sequência, usando a mesma faca, golpeou reiteradamente o filho mais novo. O primogênito do casal estava no apartamento no momento que o pai matou a mãe e o irmão dele. Ele não foi ferido.
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Kelber fugiu do apartamento e levou o menino mais velho para a casa dos avós paternos em Minas Gerais. Os corpos foram encontrados em 25 de julho.
O assassino foi localizado e preso dois dias depois disso, em São Paulo. Conforme informações da EPTV Campinas, Kelber teria contado aos PMs que foi ao estado paulista para se internar em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos indicada por um amigo. De acordo com o sargento da PM Rodrigo Chagas, o foragido deixou SC, foi para Minas Gerais deixar o filho com a família e, de lá, seguiu para Bragança Paulista, trocou de carro e viajou sozinho até Paulínia.
Embora tenha confessado, Kelber ficou em silêncio durante o julgamento.
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