A Polícia Militar prendeu no início da noite desse domingo (23), no bairro Itacorubi, em Florianópolis, Dik Greison da Silva, de 22 anos. Ele confessou ter matado a pauladas a travesti Jennifer Célia Henrique no dia 10 de março, numa obra no bairro Ingleses. Apesar da identidade de gênero da vítima, a Polícia Civil não caracterizou o caso como transfobia.

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O delegado Eduardo Mattos, que conduziu as investigações, disse que o jovem confirmou ter mantido relação sexual com Jennifer instantes antes de assassiná-la. Ela teria dito que gostaria de “repetir o ato todos os dias”, e que se Dik não a atendesse, contaria para os outros usuários de drogas da região o que tinha acontecido. O jovem era natural de Criciúma, mas à época do crime morava nas ruas de Florianópolis e consumia crack.

Diante disso, afirmou o delegado, o rapaz agrediu Jennifer com dois pedaços de madeira – um golpe atingiu o rosto da vítima, perto do olho esquerdo, e outro, fatal, provocou uma fratura na cervical. Câmeras de videomonitoramento da região mostram Jennifer e Dik entrando na obra e instantes depois, o rapaz saindo sozinho do local.

“No começo tínhamos outras duas linhas de investigação. Uma possibilidade era que um homem contra quem Jennifer tinha registrado boletins de ocorrência fosse o autor. A outra possibilidade era de que homens que foram vistos em uma camionete perto da obra onde o crime aconteceu pudessem tê-la assassinado. As possibilidades não se confirmaram, e a confissão de Dik momentos depois da prisão foi determinante para o indiciamento”, disse o delegado Eduardo Mattos.

O jovem está no presídio masculino da Capital. O inquérito deverá ser concluído em uma semana, e vai indiciá-lo por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima – os golpes foram desferidos enquanto Jennifer estava de costas.

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