O comportamento errático e pouco disciplinado de Luan Barcelos Silva, 21 anos, autor confesso do assassinato de seis taxistas no Estado, levou à sua expulsão do Exército, em novembro de 2010. Quem confirma é o capitão Allan Dias Mercês, comandante da 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea, de Santana do Livramento, unidade na qual servia o jovem.
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Luan foi recruta naquela unidade do Exército entre março e novembro de 2010. O normal é que permanecesse até o ano seguinte ou até tentasse permanecer com a farda, mas foi obrigado a sair, “excluído a bem da disciplina”.
O capitão Mercês diz não recordar direito porque Luan foi expulso. Seriam transgressões comuns, nenhuma delas crime. Uma das transgressões seria chegar atrasado a vários compromissos, reiteradas vezes.
– No Exército, por vezes, a soma de infrações comuns ao regulamento compromete a permanência do sujeito. O comportamento do Luan foi considerado mau, quando deveria ser bom – resume o capitão, que na época era subcomandante da 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea.
Foi no Exército que Luan aprendeu a atirar com arma de fogo, conforme depoimento dele à Polícia Civil.
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Quem é o assassino confesso
Luan Barcelos Silva é um jovem de classe média de 21 anos, nascido em Santana do Livramento e morador da Capital. Ele foi preso pela Polícia Civil em Porto Alegre, na tarde de sábado, no bairro Santa Cecília.
O depoimento dele, tomado pela polícia no sábado, surpreendeu delegados e a cúpula da Segurança Pública no Estado. Frio e calculista, o jovem revelou detalhes, ao longo de três horas e 30 minutos, como executava as vítimas como tiros na cabeça.
– No interrogatório, sempre de forma fria, ele contou que mandava parar o carro, dava dois tiros na cabeça do taxista, retirava o corpo e só então pegava o dinheiro e o celular – contou Melina Bueno Corrêa, delegada da Delegacia de Homicídios que interrogou o assassino confesso.
Em GRÁFICO, veja o passo o passo de como foram os assassinatos dos motoristas em Santana do Livramento e Porto Alegre:
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