A investigação da morte de um motorista de aplicativo em São José, na Grande Florianópolis, e do roubo do carro dele na madrugada do último sábado (10) está adiantada, segundo o delegado responsável pelo caso, William Sales. A Polícia Civil apura a participação de até quatro bandidos no latrocínio do condutor.

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Em Santa Catarina há dois anos, o estrangeiro Amr Abdelaziz Mostafa, de 52 anos, tinha vindo do Egito ao Brasil, para trabalhar. Ele foi morto um dia após ser baleado pelos bandidos e enterrado na manhã desta quarta-feira (21), em Florianópolis. 

O crime ocorreu na madrugada de sábado, quando Mostafa foi acionado através do aplicativo para fazer uma corrida entre duas cidades da Grande Florianópolis. Segundo informações da polícia, os suspeitos teriam embarcado no bairro Caminho Novo, em Palhoça e seguido até uma rua erma do bairro Colônia Santana, em São José. 

Ao chegarem ao ponto de desembarque, os bandidos anunciaram o assalto. A vítima teria resistido ao crime e foi atingida por um tiro na região do abdômen. Em seguida, os criminosos fugiram com o carro do estrangeiro. 

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A Polícia Militar foi acionada pelos moradores da rua e iniciaram as buscas. O egípcio foi conduzido ao Instituto de Cardiologia do Hospital Regional de São José, onde permaneceu internado até a tarde de domingo (19), quando morreu. 

Veículo localizado com um suspeito

Horas após ao crime, o veículo foi encontrado pela polícia. O homem que estava com carro foi detido em flagrante por receptação e conduzido até a delegacia. Aos policiais que atenderam a ocorrência, o suspeito informou outro nome e acabou liberado. 

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Segundo o delegado Sales, o homem que estava com o carro roubado foi identificado posteriormente. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto por outro crime.

– A equipe da Diretoria de Investigação Criminal de São José está em diligências desde o dia em que aconteceu o crime. Mesmo com outras operações, não deixamos de trabalhar no caso e estamos bastante adiantados na investigação – afirmou, sem passar maiores detalhes das apurações.

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Segundo o delegado, o motorista era cadastrado no aplicativo Uber, para quem fazia a corrida no momento do crime. 

O que diz a Uber

Procurada pelo Hora de SC, a Uber lamentou o crime contra o condutor e, embora não tenha confirmado que Mostafa fazia corrida cadastrada no momento do assalto, se colocou à disposição da polícia:

“A Uber lamenta profundamente a morte do motorista parceiro Amr Abdelaziz Mostafa, vítima da violência urbana que permeia nossa sociedade. Ao que tudo indica pelas informações apresentadas até o momento, o crime não teria ocorrido em viagem com o aplicativo da Uber. De toda forma, a empresa permanece à disposição para colaborar com as autoridades no curso de investigações ou processos judiciais, nos termos da lei”.

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